terça-feira, 22 de maio de 2012

Quem é vivo sempre aparece...

Já faz tempo desde a última postagem que fiz aqui. Mas há uma explicação para esse hiato de algumas semanas (ou seriam meses?): estou trabalhando, junto com alguns amigos, num novo blog. Uma nova forma de blogar coletivamente. O projeto ainda está em fase de conclusão, mas uma versão "beta" já está no ar aqui.
Estou dedicando bastante tempo a esse projeto, pois "o minino tem futuru!" (risos)!
Tão logo tudo esteja enacminhado lá, vou voltar pra cá, e ficar praquelas bandas também!
Sendo assim, nos vemos por aqui, ou no "Random"!
Até a próxima!!!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Quando sua tarde fica chata...

"Muito +": suas tardes nunca mais serão as mesmas... nem suas retinas depois de ver esse povo aí em ação!

Coitado do público que passa a tarde em casa em frente à tv. Literalmente, depois que Sandra Annemberg e Evaristo Costa dizem boa tarde, começa uma sucessão de "conteúdo zero" que dá até medo. Para minha (in)felicidade, tive um raríssima quinta à tarde livre, e como fazia muito tempo que não via televisão no horário "nada nobre" da televisão brasileira, resolvi me arriscar e me expor à radiação emitida pela programação vespertina.

Foi um erro tremendo! É incrível a quantidade de lixo que pode entrar na sua mente nesse horário. Eu poderia discorrer sobre cada uma das atrações disponíveis, mas correria o risco de cair na mesmice e dizer o que você já sabe, pois as opções disponíveis já são conhecidas: ou você vê o um show de reprises na Record; ou vê alguma novela disponível no Sbt e na Globo; ou um casal insosso puxando o nsaco das celebridades globais; algum filme velho na "Sessão da Tarde" (onde você pode ver aquele filme pornô, "A Lagoa Azul", pelo menos duas vezes no ano); ou algum pastor de uma das três igrejas saídas da Universal, prometendo mundos e fundos para aqueles que contribuírem com trízimos e outras "amenidades" monetárias.

Correndo por fora, tem a Band. Por séculos ela tentou emplacar um sucesso nas tardes da tv. O problema é que foi sempre do mesmo jeito: fofoca, fofoca e mais fofoca, obviamente mostrando que o Tv Fama (da Rede TV!) não é suficiente para que você fique bem informado a respeito do que os famosos andam aprontando por aí ("as maiores confusões", como diria o narrador da "Sessão da Tarde"). Astrid Fontenelle; Leão Lobo; Rosana Hermann: todos já tiveram sua chance na tv de Johnny Saad, mas todos fracassaram. Contudo, a emissora do Morumbi não se deu por vencida, e mais uma vez investiu nas fofocas para tentar se dar bem.

E dessa vez, pela madrugada, a coisa chegou ao nível do patético! A bola da vez é Adriane Galisteu, que para não passar o resto da vida na geladeira, aceitou se juntar aos "famosos quem?!" e fazer um programa... de fofocas! Sim, o "Muito +" não passa de uma versão piorada daquelas revistas de fofoca que você encontra em qualquer sala de espera. Nas minhas zapeadas da tarde, dei de cara com um programa super colorido e a simpatia da Galisteu (não vou mentir, eu gosto dela como apresentadora). Depois de um vídeo contando a trajetória da carreira dela (anunciado com letras garrafais no pé da tela como "a vida de Galisteu sem segredos", mas que no fundo não trouxe nada que já não sabíamos a respeito de sua carreira/ vida/ seja lá o que for), começou um show bizonho de "pode ou não pode", onde um cara vestido "na última moda" e com trejeitos muito chatos (assim como o resto do elenco do programa) ficava tecendo comentários "nada a ver" sobre "coisa nenhuma".

Confesso que surgiu uma enorme interrogação em minha mente: o que é que aquele cara estava fazendo ali? Pra que exatamente serve esse programa? O que eu estou fazendo aqui, sentado, vendo isso?

Fiquei assustado com o nível em que chegamos. Claro que o motivo para isso tudo é bem claro: à tarde, a audiência cai muito, pois menos televisores estão ligados e as pessoas estão fazendo alguma outra coisa mais interessante. Mas caramba, ainda existem pessoas que veem tv à tarde. E essas coitadas, se não tiverem tv a cabo ou internet, estão expostas à qualquer coisa que as emissoras colocarem no ar. E a programação vespertina não passa disso: um show de qualquer coisa, pronta para lavar sua mente. Creio eu que esse é a razão que leva as outras pessoas a buscarem coisas mais interessantes.

Não aguentei aquilo por muito tempo. Dei mais uma zapeada, na esperança de encontrar alguma coisa interessante, mas não encontrei nada. Fiz então o que todo mundo deveria fazer: desliguei a tv. Não, eu não fui ler, mas aproveitei para me exercitar um pouco. Se a tv não estava afim de me ajudar a exercitar a mente, pelo menos mandei o sedentarismo pro espaço. Aquele conselho que a MTV dava antigamente ainda vale hoje: "[Se estiver em casa à tarde,] desligue a tv e vá ler um livro". Engraçado é que nessas horas, a programação da MTV parava e só essa frase ficava na tela, durante um tempo considerável, deixando quem assistia sem opção. Seria uma boa fazerem isso de novo. Enquanto não acontece, use seu controle remoto para fazer sua própria versão da campanha. Vá por mim, é muito bom! 

domingo, 15 de abril de 2012

¡Viva la libertad!



Liberdade de expressão. Já ouviu falar nisso? Creio que sim, pois muita gente já reclamou quando ela lhes foi tirada. Mas poucos sabem usá-la bem. Geralmente, quando a usam, acabam falando uma besteira, que precisa ser revertida num "direito de resposta", e depois numa réplica, tréplica, e por fim, um processo na justiça!

O que Raquel Sherazade fez nesse vídeo aí em cima é um perfeito exemplo da "liberdade de expressão" sendo utilizada da forma correta (pelo menos para esse blogueiro que vos escreve). Ela usou o espaço que a emissora lhe deu, assim como a estrutura também. E com essas coisas juntas, sua opinião ganhou a arena de debates. Num vídeo posterior, ela comenta que o que disse virou o 9º trending topic mundial no Twitter! Imagine então quantas pessoas não fizeram o mesmo que ela, dando suas opiniões, só porque alguém teve a oportunidade de dizer o que pensa, sem medo de represália ou algo do tipo!

 Como você já deve estar careca de saber, esse tipo de coisa (dizer o que vem à mente, sem se preocupar se vai ser censurado ou não) é muito comum na internet, principalmente nos blogs independentes, escritos por anônimos que contam com uma ideia na cabeça e uma câm... aliás, um computador à disposição. O debate surge naturalmente, e algumas vezes, ganha a grande mídia, e muito mais gente pode participar. Quando acontece o inverso, a proporção alcançada aumenta bastante, já que muito mais gente está de olho no que a Patrícia Poeta diz no "JN" do que nas coisas que estou escrevendo agora, que na melhor das hipóteses podem ganhar notoriedade depois de algumas semanas (e haja fé!).

Sendo assim, é interessante ver essas coisas acontecendo, e melhor ainda quando o opinador não vai parar no olho da rua, como aconteceu com Rita Lisauskas, antiga âncora do "Rede TV! News". Ela foi demitida depois de reclamar, via redes sociais, do salário atrasado na emissora. Não só ela, mas também Sallete Lemos, na época âncora do "Jornal da Cultura", que teve seu contrato encerrado depois de uma dura crítica a um grande banco privado durante uma edição ao vivo do jornal.


É meio complicado saber quando sua opinião vai gerar um reboliço, ou quando você está atravessando "a grande linha" (não aquela que os personagens do animê "One Piece" procuram) que virtualmente delimita até onde podemos abrir nossa boca e dizer algo sem acertar uma bala de canhão em algo ou alguém. Contudo, quando bem aproveitada, a liberdade de expressão é algo totalmente benéfico, tanto para quem fala quanto para quem escuta. Sonho com o dia em que os grandes meios de comunicação deixarão de ter o "rabo preso" e permitirão que seus profissionais se expressem livremente, e não se tornem somente bons leitores de TP engomadinhos e que falam sem sotaque (porque o "'Q' de qualidade global" assim o exige) nos "Bom Dia" e "Nacionais" da vida!

Aliás, antes de encerrar, gostaria de ressaltar uma coisa: a Raquel trabalha numa TV local. Sallete e Rita, os outros dois exemplos usados nesse post, trabalhavam em grandes redes nacionais na época em que foram demitidas. Notou a diferença de tratamento?#medo

quinta-feira, 22 de março de 2012

Basta a primeira impressão?


Coloca a memória pra funcionar aí: alguma vez você já viu algo novo, e sua primeira impressão foi de "nossa, que coisa horrível!"? Aposto que sim! Esse geralmente é o nosso sistema de defesa funcionando contra algo desconhecido, ou simplesmente nosso gosto dizendo "hey, acabei de lembrar: nós não gostamos disso! Sai de perto dessa coisa! Agora!!". Alguns de nós talvez até desejemos um botão "curtir" ou "odiar" pra usar durante o dia, na vida real, pois assim seria mais fácil mostrar quando não gostamos de algo (ou postar no Facebook "Fulano curtiu o pastel da tia da cantina.").

Eu também pensava assim. Mas com o passar dos anos, fui mudando de opinião. Percebi que a primeira impressão é até importante, mas em boa parte das vezes ela está totalmente errada! E não sou só eu quem "prega" essa "doutrina". Durante uma aula de Estética, na universidade, meu professor disse algo muito parecido (menos radical seria a palavra certa), e que prova meu raciocício correto (e que não foi criado por ele, mas dito por alguns estudiosos clássicos da estética!)!


Pelo que entendi [e foi o que o professor disse, antes que alguém pense que eu estava dormindo! (risos)], nós não podemos abandonar as coisas por conta de uma primeira impressão ruim. E ele ainda citou alguns exemplos. Com certeza você já deve ter ouvido uma banda nova e sua primeira reação foi "não, não gostei', mas algum tempo depois, quando você ouve essa mesma banda novamente, muda completamente de opinião e passa a gostar do som deles. Isso, por acaso, aconteceu comigo inúmeras vezes (foi assim que comecei a gostar de boa parte das bandas que ouço ultimamente!).


O processo pra essa mudança de modo de pensar é bem simples: pegue aquela coisa que você achou "feia" e olhe pra ela repetidas vezes. Vai chegar um ponto em que você vai dizer "é, até que não é tão feia assim". E dependendo do caso, uma verdadeira paixão por aquilo (seja lá o que for) pode surgir!


Apesar da aula em questão ser uma aula voltada para o estudo das formas de expressão da arte, dá pra levar isso para todas as áreas da vida. Sabe aquela pessoa que você odiava na época da escola? Pois é, ela pode se tornar um grande amigo amanhã! Não é impossível que isso aconteça (ah vá, vai dizer que isso nunca passou pela sua cabeça!).  Como dizia o antigo slogan do guaraná Kuat, "A gente muda, o mundo muda", graças às mudanças que nosso ponto de vista sofre com o passar do tempo, sejam anos, meses, ou simplesmente algumas horas.


Isso é algo como "abra sua cabeça" e "viva o novo". Tem quem discorde. Claro, aquela velha máxima continua valendo hoje em dia: "você nunca terá uma segunda oportunidade de causar uma primeira boa impressão", mas onde chegaríamos se a máxima "a primeira impressão é a que fica" fosse algo imutável dentro de nós?! Creio eu que não iríamos muito longe e perderíamos muitas excelentes oportunidades de aprender coisas novas e conhecer pessoas interessantes, que por alguma razão, foram taxadas como "estranhas" pela sociedade.


Como disse antes, não estou pregando uma revolução, mas sim uma leve mudança no seu modo de ver o mundo. Acredite em mim, é uma exepriência compensadora. Lembre-se, "a primeira impressão é a que fica... até você arrumar uma segunda", e "mudar de botão":