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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Quando sua tarde fica chata...

"Muito +": suas tardes nunca mais serão as mesmas... nem suas retinas depois de ver esse povo aí em ação!

Coitado do público que passa a tarde em casa em frente à tv. Literalmente, depois que Sandra Annemberg e Evaristo Costa dizem boa tarde, começa uma sucessão de "conteúdo zero" que dá até medo. Para minha (in)felicidade, tive um raríssima quinta à tarde livre, e como fazia muito tempo que não via televisão no horário "nada nobre" da televisão brasileira, resolvi me arriscar e me expor à radiação emitida pela programação vespertina.

Foi um erro tremendo! É incrível a quantidade de lixo que pode entrar na sua mente nesse horário. Eu poderia discorrer sobre cada uma das atrações disponíveis, mas correria o risco de cair na mesmice e dizer o que você já sabe, pois as opções disponíveis já são conhecidas: ou você vê o um show de reprises na Record; ou vê alguma novela disponível no Sbt e na Globo; ou um casal insosso puxando o nsaco das celebridades globais; algum filme velho na "Sessão da Tarde" (onde você pode ver aquele filme pornô, "A Lagoa Azul", pelo menos duas vezes no ano); ou algum pastor de uma das três igrejas saídas da Universal, prometendo mundos e fundos para aqueles que contribuírem com trízimos e outras "amenidades" monetárias.

Correndo por fora, tem a Band. Por séculos ela tentou emplacar um sucesso nas tardes da tv. O problema é que foi sempre do mesmo jeito: fofoca, fofoca e mais fofoca, obviamente mostrando que o Tv Fama (da Rede TV!) não é suficiente para que você fique bem informado a respeito do que os famosos andam aprontando por aí ("as maiores confusões", como diria o narrador da "Sessão da Tarde"). Astrid Fontenelle; Leão Lobo; Rosana Hermann: todos já tiveram sua chance na tv de Johnny Saad, mas todos fracassaram. Contudo, a emissora do Morumbi não se deu por vencida, e mais uma vez investiu nas fofocas para tentar se dar bem.

E dessa vez, pela madrugada, a coisa chegou ao nível do patético! A bola da vez é Adriane Galisteu, que para não passar o resto da vida na geladeira, aceitou se juntar aos "famosos quem?!" e fazer um programa... de fofocas! Sim, o "Muito +" não passa de uma versão piorada daquelas revistas de fofoca que você encontra em qualquer sala de espera. Nas minhas zapeadas da tarde, dei de cara com um programa super colorido e a simpatia da Galisteu (não vou mentir, eu gosto dela como apresentadora). Depois de um vídeo contando a trajetória da carreira dela (anunciado com letras garrafais no pé da tela como "a vida de Galisteu sem segredos", mas que no fundo não trouxe nada que já não sabíamos a respeito de sua carreira/ vida/ seja lá o que for), começou um show bizonho de "pode ou não pode", onde um cara vestido "na última moda" e com trejeitos muito chatos (assim como o resto do elenco do programa) ficava tecendo comentários "nada a ver" sobre "coisa nenhuma".

Confesso que surgiu uma enorme interrogação em minha mente: o que é que aquele cara estava fazendo ali? Pra que exatamente serve esse programa? O que eu estou fazendo aqui, sentado, vendo isso?

Fiquei assustado com o nível em que chegamos. Claro que o motivo para isso tudo é bem claro: à tarde, a audiência cai muito, pois menos televisores estão ligados e as pessoas estão fazendo alguma outra coisa mais interessante. Mas caramba, ainda existem pessoas que veem tv à tarde. E essas coitadas, se não tiverem tv a cabo ou internet, estão expostas à qualquer coisa que as emissoras colocarem no ar. E a programação vespertina não passa disso: um show de qualquer coisa, pronta para lavar sua mente. Creio eu que esse é a razão que leva as outras pessoas a buscarem coisas mais interessantes.

Não aguentei aquilo por muito tempo. Dei mais uma zapeada, na esperança de encontrar alguma coisa interessante, mas não encontrei nada. Fiz então o que todo mundo deveria fazer: desliguei a tv. Não, eu não fui ler, mas aproveitei para me exercitar um pouco. Se a tv não estava afim de me ajudar a exercitar a mente, pelo menos mandei o sedentarismo pro espaço. Aquele conselho que a MTV dava antigamente ainda vale hoje: "[Se estiver em casa à tarde,] desligue a tv e vá ler um livro". Engraçado é que nessas horas, a programação da MTV parava e só essa frase ficava na tela, durante um tempo considerável, deixando quem assistia sem opção. Seria uma boa fazerem isso de novo. Enquanto não acontece, use seu controle remoto para fazer sua própria versão da campanha. Vá por mim, é muito bom! 

sábado, 18 de fevereiro de 2012

"Pulando" o carnaval


Vou ser sincero: eu estava completamente alheio ao fato de que o carnaval, esse ano, não seria em março, como no ano passado. A ideia de não ter que ouvir alguém na televisão dizendo "(...) e tem o desfile das escolas de samba de São Paulo, ao vivo! (...)" em fevereiro me deixava reconfortado, pois eu estava crente de que teria pelo menos mais um mês para me preparar psicologicamente para o fuzuê que se aproximava.


Mas o calendário me passou a perna, e quando percebi, já estava caminhando por entre desenhos de gente dançando frevo, trios elétricos, gente vestindo abadás,  e carrinhos de som vendendo CDs com marchinhas de carnaval da época em que não havia nem CD para colocá-las!


É incrível como as pessoas se mobilizam para as festas de Momo. Tem gente que faz uma enorme operação logística para estar nos lugares mais 'bacanas", no meio das pessoas mais "doidon... er,  quer dizer, descoladas", pra "festar" (como diria minha avó) até o  "sol raiar" (rimou!). E todo mundo morre de medo de que dê algo errado e a folia vá para as cucuias. Em Salvador, por exemplo, a greve dos policiais terminou aos 45 do segundo tempo, e assim como o Grinch salvou o natal, o carnaval foi salvo lá. No Rio também começou uma greve dos policiais, que deu uma trégua para não atrapalhar os foliões. (e pode apostar que em ambos os casos, teve gente que deu um grande suspiro de alívio quando soube que a festa estava garantida!) E a paranóia de uma greve da polícia no país inteiro tirou o sono de muita gente, inclusive aqui em Alagoas. 


Francamente falando, não vejo muita graça no carnaval. Prefiro ficar em casa, vendo alguns filmes e jogando videogame (tá, esse último na época em que eu ainda tinha um), do que ficar pulando atrás do trio elétrico - o que desmente aquela música que diz "atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu". Mas não vou ficar aqui dando uma de chato, criticando quem gosta. Espero que o carnaval acabe logo, pois assim podemos começar o ano oficialmente, não?! 
Pra você que gosta, aproveite, pois o próximo carnaval é só no ano que vem! Mas aí, juízo, caramba! Quando o carnaval acabar, ainda tem um ano inteiro pela frente! 


É isso. Vou passar uma semana fora daqui. Volto depois que as cinzas de quarta baixarem!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Prefácio...

O Pereira sou eu!
Crise. Essa é a palavra da vez. Parece que todos os setores da sociedade estão passando por algum tipo de problema. E nós no meio disso tudo.
Aliás, "nós" é muita gente. Como você já deve saber, estive fora nesses últimos dois anos, servindo como missionário de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias (popularmente conhecida como "a igreja dos mórmons"). Apesar de eu e todos os outros missionários estarmos conversando com pessoas todos os dias, as notícias do "mundo lá fora" parcamente chegavam até nós. Digamos que de uma forma ou outra, eu estava "assistindo" ao mundo, e não exatamente participando das coisas que estavam acontecendo ao meu redor.
As poucas notícias que tive me deixaram com um certo "receio" de voltar pra casa. Preferia continuar lá no Paraná a ter que voltar pra Maceió e enfrentar um daqueles "arrastões" randômicos que estavam acontecendo aqui há alguns meses!
Contudo, chega uma hora em que a realidade bate na sua porta, e é hora de descer do trem. Na missão isso acontece quando você completa seus dois anos. Sair da missão e voltar pra casa te dá a sensação de cair de paraquedas no meio de um campo minado, durante a ofensiva inimiga!


Não, não estou sendo dramático nem nada do tipo. Mas pense comigo: durante dois anos da sua vida você sai ajudando várias pessoas, muitas das quais você nem imaginava que encontraria, mas que passa a amar quase que instantaneamente; ao mesmo tempo em que as ajuda a conhecerem e a seguirem Jesus Cristo. Óbvio que o "nível" durante a missão é outro. Daí, quando você fisicamente está acabado, mas espiritualmente a mil, chega a hora de encerrar o que você está fazendo e ir "viver sua vida" em casa. É como a morte: você sabe que vai chegar, mas não sabe como irá recebê-la.
Da noite pro dia, literalmente, "acaba" sua missão de tempo integral. Você deixa de chamar atenção - é impressionante a maneira como as pessoas olham para os missionários: dois 'seres" estranhos andando de camisa branca e gravata debaixo do sol, te parando no meio da rua, pedindo pra visitar a sua casa e falar com toda a sua família! Quando um missionário volta, deixa de usar aquela plaqueta preta no bolso e passa a ser "mais um na multidão". E é nesse ponto de transição que a "ficha" precisa cair o mais rápido possível, porque assim que você aporta em casa, já tem que correr atrás dos próximos passos do resto de sua vida!


E é nesse ponto que estou agora. Feliz por ter servido uma missão e ter passado por Cambé, PR; Marília, SP; Apucarana. PR; Londrina, PR; e Presidente Prudente, SP. Feliz também por todas as pessoas que conheci, até aquelas que por simples ignorância, ou razões religiosas, foram rudes - no sentido mais "rude" da palavra -  comigo ou com algum de meus companheiros. 
Aliás, também fiquei muito feliz de poder ter trabalhado com Michael TeNgaio, do Havaí, EUA; Thiago Assunção, de Fortaleza, CE; com Luiz Guilherme Cavalcanti, de Feira de Santana, BA; Andrew Fellows, de UTAH; Colin Skillings, também de UTAH; José Sepúlveda, do Piauí; Cameron Leavitt, da Califórnia, EUA; Devin Flake, do Arizona, EUA; Adam Webb, de Montana, EUA; Blake Douglas, de UTAH; Devin Buttars, de Idaho, EUA; e  Emanuel dos Santos, de Currais Novos, RN. Aprendi muito com cada um deles. Aliás, muitas das palavras que repito hoje em dia, incluindo o novo nome do blog, advinha com quem aprendi!
Nós missionários... aliás, quando estamos servindo missão, temos um casal especialmente chamado pra cuidar de nós, designados como o Presidente de missão e  sua esposa, a quem chamamos de "Sister". Na missão onde servi, tive a chance de trabalhar junto ao Presidente Eduardo Tavares e sua esposa, Sister Fátima Tavares. Também aprendi muito com eles, e sou extremamente grato pelo cuidado e amor que eles tiveram por mim, enquanto estive longe de minha família "de sangue"


Enfim. Como eu já disse, a missão de tempo integral chegou ao fim, e agora cá estou eu, no meio de uma crise mundial, nacional, pessoal. Mas sinto que o futuro nos reserva coisas muito boas. Estou otimista. Aliás, tão otimista - agora uma coisa não tem nada a ver com a outra - que mudei até o nome do blog. Esqueça a sigla "DGP" (já contei que essa era a sigla do meu nome?! Sim, essa foi a ideia mais criativa que tive!). Uma das expressões que aprendi com os americanos foi "What the heck?!" (quando você está surpreso com algo que aconteceu). Como já existe um blog com esse nome, e eu estava querendo um nome novo, tirei o "heck" da expressão e voilá, um novo título para o blog!   
Vamos nos ver bastante por aqui. Espero que vocês tenham paciência pra me aguentar mais um pouco (risos)!


Um forte abraço e até a próxima!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

"Isso é que é ter um blog?"

Pra que que serve?!?!

O título desse post foi a pergunta que me fizeram num comentário aqui no dgp, no post em que eu falei sobre o que deveria ou não ser mostrado num telejornal. Na metade do caminho, o assunto respingou um pouco na ética. Daí deu-se a confusão! O autor da pergunta não se identificou (preferiu ficar no anonimato), mas levantou uma questão interessante... ao menos para esse que vos escreve.

Teoricamente, creio eu, um blog serve para que seu autor possa se expressar livremente, colocar pra fora o que se passa em sua cabeça, tentar juntar sua opinião com a dos outros, formar opinião ou ao menos deixar claro qual o seu posicionamento sobre determinado assunto. Se não for isso, o autor de um blog pode simplesmente querer mostrar os textos que escreve para as pessoas, ver se desperta em alguém o interesse em mundos imaginados por ele, em seus problemas pessoais ou simplesmente sobre o que anda fazendo da vida, como num bom bate papo... só que sem a parte do olho no olho!

No caso do dgp, esse blog que agora você lê (rimou!) eu, na maioria das vezes, mostro minha opinião sobre o que anda acontecendo no mundo da comunicação. Por vezes eu me desviei desse assunto pra falar de outras coisas que gosto, como games, mas sempre mantendo o mote principal desse espaço: minha opinião. Em outras palavras, esse foi o caminho que resolvi seguir aqui e, pra avisar os marinheiros de primeira viagem, coloquei isso de forma muito clara no texto de boas vindas, que está permanentemente do lado direito da página. Aliás, só pra mostrar que eu nunca me desviei disso, esse texto é o mesmo desde a estreia do blog! Só a formatação mudou um pouco, assim como o título.

Respondida a primeira questão, vamos a outra que está implicita na primeira. Se o blogueiro pode falar o que bem entender em sua página, também deve estar disposto a ouvir qualquer tipo de crítica, construtiva ou não, sobre o que escreve. Se a crítica for construtiva, ele tenta usá-la para crescer como escritor, já que os textos são escritos para as outras pessoas lerem e não para o próprio autor, como diria um antigo professor meu. As críticas baseadas em alguma coisa que não seja a construtividade devem ser lidas também, mas descartadas da mente (dependendo do caso, devem sumir do blog) logo em seguida, para evitar "rusgas" e "rugas" desnecessárias, sabe?!

Não pense que o leitor está isento de qualquer limite e pode sair por aí xingando e falando palavrão como um bêbado no balcão do botequim depois de 5 doses de alguma coisa bem alcoólica! Nós que mantemos blogs esperamos o mínimo de senso crítico de quem os lê! Algumas pessoas partem pra baixaria, diminuindo o autor, a ponto de chamá-lo de qualquer coisa, menos de bonito. Alguns autores merecem esses tratamento (como um antigo colunista escroto do ADTV, um blog sobre televisão), mas mesmo assim o comentário precisa ser baseado em alguma coisa concreta. O blogueiro não tem culpa se a sua namorada fugiu com o circo e trocou você pelo chimpanzé amestrado! Sendo assim, não venha descontar sua raiva na blogosfera!!

Existe toda uma relação entre o autor do blog e quem o lê. Se essa relação for respeitosa, todos saem ganhando. A crítica que eu recebi, por exemplo, tinha vários pontos interessantes. Alguns deles, inclusive, já foram percebidos por mim mesmo. Porém, o autor resolveu usar de uma ironia muito fina e explícita (percebeu a incoerência?!) pra se referir aos textos do dgp. Como eu sei disso?! Ora, eu também sou irônico aqui na maioria das vezes!! Mesmo assim, gostei da crítica. Vou usá-la pra mudar algumas coisas do meu "eu autor"... obrigado!!!! E vocês que leem o meu blog, o elogiam e gostam dele, muito obrigado também!!

Parece, mas esse não é o fim do dgp, certo?! Digamos que esse post seja uma pausa para uma reflexão mais profunda... superficialmente profunda! =D

P.S.1: a resposta pra pergunta do título? Sim!

P.S.2: caro Anônimo... percebeu que nesse post eu fiz algumas das coisas que você disse que odeia?! (risada diabólica mode: on) Espero resposta!!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A íntegra é sempre melhor?!



Na última quarta-feira, dia 20, Maria Islaine de Morais (31) foi morta por 7 tiros disparados à queima roupa por seu ex-marido, o borracheiro Fábio Willian da Silva (30), no salão de beleza onde ela trabalhava em Belo Horizonte. A cabelereira já havia feito inúmeras denúncias à polícia, mas nenhuma delas havia surtido efeito. O assassino foi preso na tarde do dia seguinte, enquanto comprava sandálias numa loja a 271 km de Belo Horizonte.

Dias antes do assassinato, Maria instalou câmeras de segurança no salão onde trabalhava, para se sentir um pouco mais segura. Foram essas câmeras que flagraram o momento em que ela foi morta. As imagens caíram nas mãos da imprensa e foram postas no ar nos principais telejornais do país. Dois deles, o Jornal da Globo e o Jornal da Record, deram tratamentos antagônicos à elas e, sinceramente, a Globo adotou a postura mais correta nesse caso.

Entender a razão disso é muito simples. A matéria exibida na Record (e que encabeça esse post) não poupou o telespectador de cada um dos detalhes do vídeo, mostrando, inclusive, todo o trecho em que ela leva os sete tiros. Os mais observadores conseguiram, inclusive, ver em detalhes o movimento do ar e o impacto das balas que atingiram a cabeleleira, principalmente os que acertaram a cabeça, que, no impacto, moviam os seus cabelos. Só faltou ver o sangue espirrando nas paredes e escorrendo no chão! Como uma vez é muito pouco, o vídeo passou na íntegra duas vezes durante a matéria, que foi veiculada lá pelas 8 e alguma coisa da noite (eleve isso ao quadrado nos estados que não foram afetados pelo horário de verão!).

Do outro lado da arena temos a Globo, que falou sobre o mesmo assunto, inclusive mostrando o mesmo vídeo exibido na Record. Ao invés de mostrar o assassinato na íntegra, a emissora da família Marinho achou melhor exibir somente imagens estáticas dos momentos em que a mulher era baleada, narradas pela repórter que estava cobrindo o caso. O que dá pra notar aqui é a preocupação que a emissora carioca teve de não exibir imagens muito fortes para os telespectadores.

Entendeu a razão de eu achar que a Globo foi mais correta?! Eles pouparam os telespectadores dessas cenas bizarras de violência. Até eu que não me importo muito em ver esse tipo de imagem forte achei desnecessário o que a Record fez, exibindo duas vezes uma mulher sendo morta tão brutalmente. Não me entenda mal. Isso não é moralismo ou qualquer outra coisa do tipo. Se formos olhar por outro lado, a emissora da Barra Funda está certa em mostrar a imagem na íntegra, já que isso deixa a informação mais completa. Porém, como eu sei que sou o único a pensar assim, faço coro com quem mais achou aquelas imagens fortes e desnecessarias!!

Isso que a Record fez respinga um pouco no post anterior, que falava sobre sensacionalismo. Essa deve ser a razão que levou os editores da JR a colocar tais imagens no ar: tentar impressionar e conseguir alguns décimos a mais da audiência dos "carniceiros de plantão"! Só que isso pode acabar se tornando um "tiro no pé", já que as pessoas começam a ficar com medo do que é exibido no jornal, pensando duas vezes antes de colocarem naquele emissora. Tá certo que grande parte da população não liga muito pra isso, mas ainda existem pessoas que se preocupam com esse assunto. Ainda bem que esse foi um caso isolado na linha editorial do JR.

O jornalista (e consequentemente, o editor da matéria) devem ter a consciência de que nem todo o material conseguido durante a produção de uma reportagem pode ou deve ser mostrado na íntegra (ou seja, sem censura ou edição), já que algumas imagens são fortes demais para qualquer horário, além de ser uma falta de respeito com as pessoas envolvidas no caso. Concordo que o jornalismo é um território livre de algumas regras morais (se elas estivessem em vigor, muito do que o jornalismo é hoje não existiria) mas nem todas as pessoas sabem disso. Então é melhor agir com certa cautela, já que nem todo mundo interpreta do mesmo jeito as reais intenções daqueles que têm por função nos deixar bem informados. Ver um jornalista mal interpretado é uma coisa tão feia de se ver quanto certas imagens...

[fonte: R7]

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O "sensacional" sensacionalismo!

Sônia e Datena: os reis do sensacionalismo no Brasil! [Imagem: Na Telinha]

"A Hebe ainda está viva!" Essa já virou uma frase comum para a assessoria de imprensa da apresentadora do SBT, que foi internada no início desse ano com um raro câncer no peritônio (membrana que recobre os órgãos abdominais). Mas qual seria a razão para os assessores ficarem repetindo isso constantemente?! Simples: alguns setores da imprensa (cof, Sônia Abrão, cof) já estão dando a apresentadora como morta, graças a uma cobertura exagerada dos fatos, que insistem em mostrar somente o lado "negativo" e "extremamente desesperador" da noticia.

Esse, diga-se de passagem, é o trabalho dos "jornalistas" sensacionalistas que, na busca de audiência e de "falar a língua do povão", acabam derrubando tudo o que é ensinado nas salas de aula das faculdades de jornalismo.

O pior de tudo é que, apesar dos constantes apelos e reclamações para que esses tipos de programas saiam do ar ou mudem de formato, eles sempre arrumam uma maneira de se alastrar e permanecer nas programações. Não pense que programa sensacionalista é exclusividade de programação das afiliadas das grandes emissoras do país. Elas próprias têm ou tiveram programas desse tipo em suas grades, caso da Band com o "fofo" Datena e da Rede TV!, com aquele "amor de pessoa" que é a Sônia Abrão.

Exemplos desses dois em ação não faltam e estão disponíveis na internet para quem quiser ver. Em 2008, a menina Eloá foi sequestrada pelo namorado Lindemberg, num condomínio em Santo André, São Paulo. Havia muitas emissoras lá presentes, cada uma delas atrás de sua "exclusiva" ou de tentar "bater um papo" com o sequestrador e as sequestradas. Como se isso já não bastasse (e nesse ponto, tenho que bater palmas para o Datena, que se recusou a fazer isso), Sônia Abrão, no ápice de seu senso de justiça, resolveu tomar o lugar da polícia e negociar diretamente com Lindemberg a soltura de Eloá. Resultado desse circo dos horrores?! Eloá foi morta, sua amiga, Nayara, ficou ferida (ela voltou para o cárcere, depois de ter sido libertada pelo sequestrador) e a Sônia ganhou o título de assassina!

Na ocasião, um especialista de segurança disse que a atuação das emissoras que faziam a cobertura do caso e, especialmente, a atitude de Sônia "tenho 10 anos de tv" Abrão, foi extremamente criminosa e irresponsável e que todos os envolvidos deveriam ter sido processados. Ninguém foi processado e a bomba estourou na mão do Datena, graças às críticas da Sônia.

Antes que isso aqui fique muito "pró-Datena", vamos enumerar algumas das atitudes do "jornalista" da Band, que apresentou algo semelhante na Record e na emissora da Sônia. Ele faz algo que está se tornando muito comum nos vários programas iguais ao dele em todo o Brasil: uma indignação seguida de muita gritaria por parte do apresentador, brigas com outros colegas de televisão, predileção por pautas extremamente sanguinolentas e etc etc. Datena pode até ter feito escola, mas as origens desse tipo de jornalismo são muito mais remotas e conhecidas.

O "jornalismo policial" praticado no nordeste é um caso a ser estudado. Quando essa moda pegou aqui, não era nada anormal ver, em qualquer horário, tripas expostas, gente morta com um tiro enorme na cabeça e etc etc (aliás, isso ainda é comum no Recife). Além disso, uma pauta até rotineira nesses tipo de programa é... briga de vizinhos (como aquela em que uma vizinha jogava... er... sacos cheios de cocô no telhado dos vizinhos da frente, mostrado na afiliada alagoana da Record), no melhor estilo "Programa do Ratinho".

"Plantão Alagoas": leu a legenda da imagem?! Esse tipo de pauta é comum na TV nordestina. [Imagem: You Tube]

Graças a esse "show", o comportamento do público diante da violência urbana mudou assustadoramente. Não existe mais aquela resignação com o que aconteceu. Agora, os curiosos se aglomeram ao redor do corpo e ficam se estapeando pra aparecer por cima do ombro dos "repórteres", gritando e fazendo sinais de torcidas organizadas. Pior ainda é o "tratamento melodramático" que as matérias recebem, com iluminação que ressalta o clima do ambiente e músicas que remetem ao sobrenatural e ao medo. Sinceramente, eu não sei se tenho mais medo do que está sendo mostrado na matéria ou da equipe de reportagem e edição da mesma (ó, duvida cruel!).

Onde eu quero chegar com essa história toda?! Simples. A programação de nossa TV é constantemente criticada por conta de não apresentar mais aquele nível cultural de antigamente. A princípio, essas críticas são todas dirigidas aos programas de entretenimento, mas também deveriam valer para esse pseudojornalismo, que insiste em infestar as salas das casas dos brasileiros. Pense bem: se uma história fictícia pode influenciar as pessoas, por que razão uma história real também não pode?! Ela é imune por acaso?! Nós precisamos nos livrar desses "profissionais" que se especializaram em avacalhar o verdadeiro jornalismo (um detalhe: aqui em Maceió, pelo menos, se você conseguir encontrar nas redações desses "jornais policiais" dois formados em jornalismo, você ganha um... um... er... minha admiração!!!). Como els já estão incrustados na cultura popular, pode apostar que mandar todos eles "pr'aquele lugar" não vai ser nada fácil. Dammit!!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Internet: ainda bem que ela existe!

Palácio do presidente haitiano destruído após o terremoto: primeiras informações chegaram pela internet.

No dia 12 de janeiro, o Haiti, um dos países mais pobres das Américas, foi vítima de um terremoto, que atingiu grau 7 na escala Richter (que vai de 1 a 9) e destruiu boa parte do país. Nem os prédios do governo (como a sede da presidência do país, mostrada na imagem acima) resistiram ao abalo, que, segundo estimativas, matou mais de 50 mil pessoas (entre elas a doutora brasileira, Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança) e deixou outras 250 mil feridas. Esses números podem, a princípio, parecerem grandes, mas ainda são estimativas. Quando uma contagem for feita (se for feita), eles podem subir a níveis muito mais assustadores.

Assim como aconteceu no Irã, onde rebeldes noticiavam o que estava acontecendo no país através do Twitter, as primeiras informações sobre esse terremoto chegaram através da internet. Os que dispunham de conexão, trataram logo de publicar vídeos e imagens na rede. Apesar de estarem numa qualidade muito baixa (a princípio), já era possível ver a desolação em que os haitianos se encontravam. Esses vídeos e imagens foram aproveitados na grande imprensa logo que surgiram e, através deles, os parentes das pessoas que estavam no país tiveram um ponto de partida para começar a procurar informações.

Muitas pessoas costumam criticar e até ter um certo receio sobre a internet e suas aplicações na vida diária, alegando que na rede só se encontra baixaria, pornografia e, como diria minha vó "o que não deve". Essa é uma visão minimalista demais, já que, nas mãos certas e com o propósito correto, a internet pode ser uma ferramenta mais útil que canivete suíço. Esqueça a obviedade de "procurar conhecimento e conhecer novos amigos". Essa até poderia ser a única função da web para alguns (aposto que você conhece alguém que pensa assim), mas, na verdade, nós só vemos a verdadeira "aura" da rede nessas horas, em que ela diminui as distâncias em prol de algum bem comum, como no caso do Haiti, em que as pessoas estão buscando informações sobre seus parentes, se mobilizando para ajudar os necessitados ou somente para informar ou se manter bem informadas sobre o ocorrido.

Eu não vou me estender mais sobre esse assunto (que é piegas até o último fio de cabelo!), já que, salvo engano, essa é a 5ª vez que falo sobre isso nesse blog. Só me resta dizer que os críticos da internet deveriam rever seus conceitos e admitir de uma vez que esse ódio pela rede nasceu por conta de serem todos uns "analfabytes", como diria Antônio "Carga Pesada" Fagundes. Posso dizer isso por experiência própria: meus pais falavam muito mal da "www". Depois que foram apresentados ao Orkut, as coisas mudaram e já estão mais viciados que a viciada da minha irmã! Se você usa a internet para qualquer propósito que não os elogiados aqui, não se sinta menosprezado! Mesmo assim você é uma pessoa consciente do poder unificador que a web tem! Aliás, em nosso país muitos já têm essa consciência. Agora só falta a colocarem em prática! Melhor, só falta o governo dar as condições para que essas pessoas possam entrar em ação. Percebeu?! Isso rende assunto pra um outro post...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O BBB rural ou A FAZENDA urbana?!

Tá com alguma coisa no olho, Bial?!

"É hora de dar uma espiadinha!". Essa vai ser a frase mais repetida nos próximos 3 meses, graças ao retorno do Big Brother Brasil à telinha. Essa 10ª edição do reality da emissora da família Marinho veio muito diferente das edições anteriores, graças à escolha "mixada" dos participantes (tem desde emo até bombado acéfalo) e algumas (várias) mudanças nas regras do programa, graças à inventiva mente do diretor Boninho, que pensa em tudo para a atração não cair no marasmo (e essa, acredite, não é uma frase elogiosa!).

Muitas pessoas, como em todas as outras edições, nem esperaram o programa estrear e já começaram a destilar uma enorme quantidade de críticas. A maioria delas acusa o BBB de ser um programa "burro", que não traz nenhuma utilidade à mente e à vida das pessoas. Eu mesmo, até a 9ª edição, pensava assim: um programa desses não tem nem a mínima carga cultural pra ser contado com os da cultura inútil (é...). Porém, a estreia de "A Fazenda" me fez repensar minha posição. Ora, se eu assisto ao da Record, por que razão não dou uma chance ao reality da Globo, que eu havia deixado de assistir na terceira edição?!

Os "brothers" e as "sisters": esse ano tem de tudo um pouco!

Pois foi o que fiz. Na terça, 12, lá estava eu em frente à TV para assistir à estreia do "zoológico" humano, como bem diria alguém (eu sabia quem disse isso, mas esqueci o nome.... sorry!). À primeira vista, por incrível que pareça, eu gostei do que vi! A casa tá bacana, os participantes foram escolhidos a dedo (podem falar o que quiser, mas o Boninho sabe escolher elenco de reality!) e até as intrigas entre os participantes deram o ar da graça para o deleite de quem adora ver essas coisas! (só um adendo: as vozes da "dlag" e da policial são quase insuportáveis!)

Mas... prestando mais atenção, dá pra notar uma coisa pertubadora: os críticos do BBB têm toda a razão. O programa realmente não tem nada culturalmente útil (nessa temporada, os psicólogos podem mudar de canal e ver o "experimento social" chamado "Solitários" no SBT). Ficar muito tempo exposto àquilo pode trazer danos irreparáveis à mente e uma imagem muito errada da realidade (coisa que antigamente só era atribuída à ficção... se bem que ninguém garante que no BBB a coisa não é ensaiada...). Porém, um outro grupo de críticos também está coberto de razão: os que criticam "A Fazenda".

Os "fazendeiros" da Record: marasmo e tédio são as palavras de ordem!

Sim, eu estou dando razão à pessoas que falam mal do reality da emissora que eu defendo (tá vendo que eu não sou "cego"?!). Se formos parar pra analisar, ambos os realities não trazem nada útil. Existem algumas diferenças, claro: enquanto na fazenda os famosos estão tentando ser eles mesmos sem ferir a imagem que eles levaram anos pra erguer, no BBB temos um bando de anônimos que não têm nada a perder e querem a fama a qualquer custo, nem que pra isso eles tenham que se rebaixar.

Aí dá pra criticar duas coisas: teoricamente, estamos diante de dois "reality shows", onde deveríamos ver a realidade diante de nossos olhos, com os participantes fazendo coisas reais, por mais chatas que elas possam parecer. Por alguma razão estranha (fama, dinheiro...), não é bem isso que vemos. Na maior parte do tempo nós vemos os famosos e/ou anônimos encenando alguma coisa diante das câmeras, ou você acha que Theo Becker era maluco daquele jeito ou então, o que era aquele papel que o Dómini, em um dos BBBs, estava segurando?! Um script?! (não, não estou me referindo à Twittess e seus scripts para aumentar o número de seguidores no Twitter)

Segundo: que realidade é aquela mostrada nesses programas?! No Big Brother temos 17 pessoas vagabundando o dia inteiro, como se estivessem em férias eternas. Na Fazenda ainda dá pra ver algum esforço físico, mas, convenhamos, alguém acredita que numa fazenda só tem aquilo pra fazer?! Poxa, se for verdade, a vida do povo do campo é muito legal!

Provavelmente esse trabalho todo seja o motivo do marasmo encontrado na reality campestre da Record. Com todo o tempo ocupado por trabalhos e provas, os roceiros não têm tempo para as famosas "picuinhas", normais nesse tipo de atração (além de bocejarem diante das câmeras nos programas ao vivo!)! Vindo pela contramão, temos os "brothers", que têm MUITO TEMPO LIVRE, suficiente para se promover diante do Brasil, seja através de "romances no edredom", seja com as famosas brigas e panelinhas. Aliás, nessa 10ª temporada, a produção do BBB resolveu fazer um tributo à Fazenda, com a divisão dos participantes em "tribos" (que aliás, foram criadas das forma mais genérica e óbvia possível!).

O Grande Irmão está de olho em tudo o que você faz... como ele consegue isso?!

Não é isso que os "voyers" gostam de ver?! Se num programa tem gente "se pegando", brigando e fazendo nada, é quase certo que fará sucesso (o "escrachado" BBB dá mais audiência que a "recatada" Fazenda), já que vivemos numa sociedade em que o privado não existe mais, onde é "bacana" "dar uma espiadinha" na vida alheia, onde as pessoas adoram dar pitaco no que os outros devem ou não fazer. Resumindo: vivemos numa sociedade onde é legal ficar de olho nos outros, numa espécie de versão aumentada (e piorada) da realidade descrita por George Orwell no livro 1984, onde a frase "O Grande Irmão está te observando" foi cunhada, dando origem ao outro Grande Irmão que conhecemos e a suas variações! Falta pouco para entrarmos num colapso de privacidade. Quando isso acontecer, chegaremos à era do teto de vidro. Alguém está pronto pra isso?!

Ah, a resposta à pergunta do título do post é simples: nenhum dos dois! Parei de ver o BBB no segundo dia. E nem vou falar de "A Fazenda". Aliás, quem foi o último a sair?! Alguém sabe?!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

"Opa, eu disse isso alto?!"

Tem gente achando que ele deveria ficar assim pra sempre... ah, e Boris já ganhou seu artigo na "Desciclopédia"!

Acabam hoje as férias (forçadas) deste que vos fala, já que, finalmente, consegui sentar na frente do computador por mais de 15 minutos. E o fim do descanço não poderia ter vindo em hora mais oportuna, já que, há alguns dias, um renomado jornalista cometeu uma gafe sem tamanho, que está custando muito caro à sua imagem diante do público. Já sabe de quem eu estou falando? Não?! Onde você esteve nesses últimos dias?! Bem, eu estou falando de Boris Casoy, que, num momento de pura desatenção, "sinceridade extrema" e falha técnica num momento muito inoportuno acabou protagonizando algo "feio", e que acaba abrindo brecha para uma discussão sobre o assunto.

Antes de continuar, dê uma olhada nesse vídeo, que foi gravado na ida ao intervalo do "Jornal da Band", do dia 31/12/2009:



Num vazamento de áudio, os telespectadores da Band puderam ouvir o comentário que o âncora do jornal, Boris Casoy, fez sobre os garis, depois que alguns deles apareceram desejando feliz ano novo para as pessoas. "Que m$@%&... dois lixeiros desejando felicidades... do alto de suas vassouras... dois lixeiros... o mais baixo da escala do trabalho...". Essas foram as palavras do jornalista. Elas, diga-se de passagem, repercutiram rapidamente entre os internautas, e o vídeo da "gafe" já foi visto quase 1 milhão de vezes no Youtube.

Vamos pular o óbvio fato de que esse foi um ato extremo de preconceito por parte do jornalista, que foi muito infeliz no que disse e que, pelo som de risadas no vídeo, foi apoiado pelos seus companheiros de bancada. O problema de fato está na reação das pessoas que assistiram ao vídeo e deram sua opinião, seja nos comentários do próprio vídeo, seja em alguns blogs "especializados" em TV (que já "comeram" muito da minha paciência e vão ganhar um "gentil" post em breve...). As pessoas estão, pode-se dizer assim, pedindo a cabeça do jornalista pelo que ele disse. Algumas estão indo mais longe, jogando a culpa na emissora onde ele trabalha, alegando que "quem faz uma emissora são as pessoas que trabalham nela. Então, as opiniões que elas expressam são as mesmas de seus patrões".

Vou repetir: é mais do que claro que o que o Boris fez é muito errado e até feio por parte de um jornalista do porte dele, mas ainda mais feia é a reação quase infantil de alguns que comentaram o fato. É como se toda uma carreira fosse destruída por conta de um comentário feito numa hora errada ou colocado no ar por algum equívoco.

Não, eu não estou defendendo o preconceito, o Boris ou a Band. Nem maldizendo quem se sentiu ofendido pelo que foi dito. O que eu estou tentando argumentar aqui é que estamos num país em que existe liberdade de expressão e, mais importante, de pensamento. A hora em que o comentário apareceu foi inoportuna? Foi (e muito)! Mas alguém pode criticá-lo por pensar assim? Poder até pode, mas não a ponto de querer fazê-lo mudar de ideia , "destruí-lo" ou desejar uma morte lenta e dolorosa pra ele. Isso iria contra a constituição, além de parecer muito com o que foi feito durante a ditadura em nosso país, época em que niguém podia expor seus pensamentos de maneira clara.

Eu discordo totalmente do Boris nesse negócio de "gari é uma profissão baixa". Muito pelo contrário. Pode parecer até um discurso piegas e batido, mas gari é uma profissão tão digna quanto qualquer outra e tão imprescindível como poucas. Concordo inclusive com o fato de que ele perdeu uma ótima oportunidade de ficar calado. Mas também acho que qualquer pessoa pode pensar da maneira que quiser sobre qualquer assunto. É sábio que as pessoas mudem de opinião, reconhecendo que estão erradas. Mas enquanto isso não acontece, elas têm todo direito de achar o que quiser! Tá lá na constituição, poxa!! Mas, do mesmo jeito que todos temos liberdade pra pensar, também temos liberdade para discordar. E isso foi o que as pessoas que assistiram a essa cena fizeram. Só que da maneira errada, partindo, inclusive, para a baixaria, xingando jornalista e emissora de todos os nomes possíveis (alguns impublicáveis nesse espaço).

Outra coisa: nem sempre o que é dito por um jornalista reflete a opinião do grupo para quem ele trabalha. Os telespectadores que se sentiram ofendidos ou algo do tipo têm que saber separar o pessoal do coletivo. Quando algo desse tipo acontece, geralmente há alguma retratação ou editorial, informando o que realmente se passa na cabeça dos chefes de jornalista "A" ou "B". No caso do "JB", o próprio Boris tratou de se desculpar durante o jornal do dia seguinte. Algumas pessoas não desculparam o jornalista e, pelo que dá pra ver, esse assunto ainda vai render muito, além de respingar para sempre na imagem do âncora, mas, pessoal, vamos ser um pouco mais maduros e encarar isso como um fato isolado, que não pode fazer ruir uma carreira inteira. Outra coisa, se as pessoas fossem tão "certinhas" assim, não ficaríamos calados diante das safadezas de nossos políticos, que, entra ano, sai ano, continuam lá, xingando meio mundo de eleitores e na "maciota", brincando com nosso dinheiro, com a nossa cara e com a nossa vida. Isso sim, pra mim, "é uma vergonha". [em outras palavras, nós temos mais com o que nos preocupar ao invés de ficar "chutando cachorro morto"!].

Vou encerrar esse assunto por aqui citando Voltaire, um filósofo francês: "Desaprovo o que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-lo". Concordo plenamente... apesar da frase não ser exatamente dele... mas, quem liga?!

P.S.: Por falta de ideia melhor, resolvi usar como título desse post uma frase que, durante o fim do ano, eu repeti inúmeras vezes depois de falar alguma coisa sem pensar (imagine quantas vezes foram e em que situação isso ocorreu... é melhor deixar pra lá!)

Fontes: Yahoo! Brasil; Época Online (é, dessa vez, nada de R7!)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Um olho em 2009 e um pé em 2010!

10...9...8...7...6...5...4...3...2...1... Feliz ano novo!!

O fim do ano chegou e junto com ele aquelas avaliações do que fizemos no ano que se finda e aquelas promessas para o ano que está chegando, sempre na base do "vou começar aquela dieta" ou "vou parar de fumar/beber/ [inclua um vício aqui]. Eu não sou muito de gostar dessas coisas (acho muito mais interessante começar o ano sem esperar nada em especial... se bem que no meu caso é quase assunto de segurança nacional!), mas, como isso é tradição, vou fazer essas avaliações e especulações também, mas no estilo dgp, ou seja, dando uma rápida olhada no que andou acontecendo no fabuloso mundo da comunicação!

Vamos começar pelo mais óbvio: a queda da obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão de jornalista. Essa derrubada ocorreu graças ao ministro Gilmar Mendes, presidente do STF, que, dentre outras "pérolas" ditas durante a leitura da sentença, disse que para ser cozinheiro ou costureiro não era necessário diploma, então por que razão os jornalistas precisariam?! Certo que além de não ter lógica nenhuma, essa decisão fez com que os profissionais e os estudantes de jornalismo se unissem em torno de um objetivo comum: a volta da obrigatoriedade. Para isso, vários atos ocorreram em todo o país, abaixo-assinados correram no site da FENAJ (a Federação Nacional dos Jornalistas) e pessoas demonstraram sua repulsa à essa decisão das mais variadas maneiras (inclusive esse que vos fala). Meses depois dessa polêmica decisão (idiota), o diploma continua dispensável, mas o senado já está se movimentando para torná-lo obrigatório novamente! Torço para que 2010 seja o ano em que nós, jornalistas, profissionais ou estudantes, possamos voltar a crer que a política nesse país, quando quer, funciona. (isso ou um meteoro gigantesco caindo na cabeça do Gilmar Mendes... o que acontecer primeiro)

Outra coisa que também marcou 2009 foi a guerra que ocorreu entre emissoras e institutos de pesquisa. Ataques da Globo para a Record/Igreja Universal, da Record para a Globo, da Record para o SBT, do SBT para a Record e finalmente, da Record para o IBOPE. Para o ano que vem, podemos esperar um outro ataque: do SBT para o IBOPE (a emissora do SS não anda muito feliz com os números do instituto). Tá certo que esses ataques são previsíveis e até certo ponto, interessantes de assistir. O problema vai aparecer de fato quando as emissoras se esquecerem da qualidade e da ética durante essa guerra pela audiência. Se isso acontecer, todos saem perdendo: os telespectadores, por perderem seu tempo vendo esse "show de infantilidade"; e as emissoras, que jogarão sua credibilidade pelo ralo.

Esse ano que termina ficou conhecido também como o ano em que a religião tomou um espaço fora do comum na mídia (leia-se, TV). Esqueça os famosos aluguéis de horários variados nas grades das emissoras. A moda, lançada pelo apóstolo Valdemiro Santiago (o criador do "Trízimo"), agora é arrendar toda a programação de emissoras, como aconteceu com a REDE 21, em São Paulo, e com a TV Alagoas, em Maceió. Essas duas emissoras, com a chegada da igreja Mundial, tiveram suas programações próprias reduzidas a somente algumas horas. Esses arrendamentos levaram a diretoria do SBT (que perdeu a TV Alagoas para a igreja) até o ministro das comunicações, para reclamar pessoalmente disso. Os frutos dessas reclamações começaram a aparecer timidamente, na forma de novas regras para a venda de horários nas emissoras. Para o ano que vem, algumas delas, como a REDE TV! e a BAND, prometem tirar de vez, ou reduzir e colocar no ar mais tarde, os horários vendidos, seja para "infomerciais", seja para as igrejas. Esperamos que isso ocorra de fato (aqui em Maceió só sobraram 2 emissoras grandes na TV aberta: a Record e a Globo).

Mas nem só de "atos duvidosos" viveu a comunicação em 2009. Muitas coisas positivamente interessantes aconteceram, como a dança das cadeiras entre as emissoras: Roberto Justus, (que está muito mal na audiência) Eliana, Richard Hasmussen, Roberto Cabrini, Thiago Santiago, Eleonor Correa e Paulo Franco deixaram a Record e foram para o SBT. Gugu (a contratação mais improvável) e a bióloga Manu Karsten foram do SBT para a Record, ao passo que Marcos Mion, Vitor "Mionzinho" Coelho, Felipe Solari e João Gordo, todos da MTV, também foram para a Barra Funda. Jack Cury, ex- Rede TV!, fez o mesmo caminho. André Vasco saiu da Band e foi para o SBT. Débora Vilalba deixou a Record e foi para a Band. Amanda Françoso saiu da Gazeta de São Paulo e também foi para a Record. Para essa lista não ficar maior, não vou citar os atores que também mudaram. Basta citar que Márcio Garcia, ex-Record-atual-Globo anda muito mal das pernas em sua nova casa. Enfim, esse ano foi uma loucura e ano que vem a coisa promete ser pior, já que algumas emissoras estão com seus canhões apontados para suas concorrentes. E esses canhões, diga-se de passagem, estão cheios do "vil metal"!

Pra encerrar essa retrospectiva "dgpdiana" da comunicação, falta falar sobre esse blog que você está lendo. Como esse é, sem sombra de dúvida, o último post de 2009, já posso falar em números. Durante os 6 meses de existência, foram publicados aqui 60 posts (uma média de 10 por mês... caramba, não achei que chegaria a tanto!). Mas, diferente do início dos tempos (ou seja, julho desse ano), o material postado aqui não se limitou a textos. Teve de tudo, desde posts só com imagens (que se ainda estivessem por aqui fariam o número subir para 62) ou baseados em vídeos (como meus queridos "herrar é umano"), passando para meu favorito: o "dgCAST", que é o podcast do dgp, produzido em parceria com meus caros amigos de jornalismo 2009.1 da UFAL. Até agora só foram produzidas três edições. Duas foram postadas aqui (as gravações #0 e #2 [que foi ao ar como a número 1]). A verdadeira #1 foi sumariamente censurada por nós mesmos (pegamos um pouco pesado demais em alguns assuntos...). Também merecem destaque os incríveis comentários feitos pelos leitores do blog (alguns renderam assunto por semanas e mais semanas!). Até que para um blog despretencioso e quase sem divulgação, o dgp se saiu bem demais! (modéstia à parte... mesmo que os inativos "A cidade e eu" e "Tagarelo" tenham mais acessos... mas isso já é outra história! =D)

Pessoalmente falando agora, 2009 foi um ano muito bom. Mesmo que algumas coisas meio chatas teimassem bastante em aparecer, não tenho do que reclamar! Bom seria se 2010 começasse como terminou 2009: pra cima e com aquela vontade de "de novo, de novo" (como já diriam os Teletubies...). Se, infelizmente, você não pode concordar comigo a respeito do quão legal foi 2009, tente ao máximo fazer com que 2010 seja diferente, para que, ao fim dele, você também possa estar pedindo por mais alguns dias (ou por anos de 13 meses... como queira!). Um novo ano já está aí, e com ele chega o fim do dgp (fevereiro é o mês derradeiro). Se alguma coisa na sua vida precisar "sair pela esquerda" a partir de sexta, fique feliz: se alguma coisa sai, é para outra melhor entrar! Feliz ano novo e fique atento para o que os comunicólogos andam aprontando por aí, pois "eles estão à solta, mas nós estamos correndo atrás"! kkkkkkk

P.S.: se uma das suas promessas para 2010 foi a de encerrar sua vida virtual em favor de uma vida mais, digamos, real, aqui vai uma dica: o site WEB 2.0 SUICIDE MACHINE te ajuda a deletar suas contas (ou, nas palavras do site, se "suicidar" virtualmente) nos principais sites estrangeiros de relacionamento, como o Twitter e o Facebook (sorry, nada de Orkut ainda) em questão de minutos, e sem a necessidade de fazer todo a "operação deleta" manualmente. Segundo alguns dos "suicidas", suas vidas melhoraram 25% depois de utilizarem o serviço (fica a pergunta: como eles conseguiram quantificar isso?!). Também nas palavras do site, se você quer "conhecer seus reais vizinhos de novo" em 2010 e deixar de ser um viciado em redes sociais, esse é seu site! Mas atenção: o processo é irreversível!! [R7]

ATUALIZAÇÃO, 05/01/2010_ Opa, o FACEBOOK não permite mais o suicídio assistido pelo Web Suicide Machine. Segundo comunicado, a "máquina de suicídio virtual" viola alguns dos termos de uso do site, já que ela coleta informações dos usuários, caracterizando "violação de privacidade". Se você quiser se livrar da conta no FACEBOOK, vai ter que usar as ferramentas disponibilizadas pelo próprio site de relacionamento. Porém o serviço ainda vale para o Twitter e o LinkedIn. Outra coisa: de acordo com o site CNet, o suicídio não é 100% garantido, já que nas contas de alguns usuários ainda podia ser visto um grande número de amigos (o serviço se propõe a deletar todos eles). Mas pelo menos uma coisa funciona: no lugar da foto do usuário, é colocada a imagem de uma foca rosa (?!?!?!?!?), símbolo/mascote do site de suicídios virtuais! [R7, de novo!]

P.S.: a imagem que ilustra esse post também pode ser vista no blog dos repórteres da Record! É... tivemos a mesma fonte e nem somos jornalistas no mesmo nível! =D

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Nem Papai Noel aguenta!

O que será que o casal Noel está assistindo?!

Todo fim de ano é a mesma coisa na TV: as emissoras preparam uma tonelada de especiais de seus programas, bolam uns programas novos, temáticos e escalam uns filmes especiais que lembram o natal ou o ano novo, tudo para "tentar confortar" aquelas centenas de pessoas que passam essas datas em casa, em frente à TV, porque não conseguiram se programar, por pura incompetência, para ir a algum lugar comemorar com a família, os amigos ou um bando de estranhos (ou isso, ou essas pessoas não têm amigos...) ou então, as que gostam de assistir TV nessas datas (e que não tem nada melhor pra fazer!)!

Até aí, problema nenhum. O "bicho pega" quando paramos pra analisar o "cardápio", onde vemos que a quantidade de programas é ótima, já a variedade e, principalmenete, a qualidade... quanta diferença!

Quer a prova? Numa emissora temos um cantor que todo ano tem um "especial" e todo ano canta as mesmas músicas. Esse ano ele ganhou um concorrente, aquele empresário que cismou que sabe cantar (e até canta, mas MUITO mal!! E pensar que um dia ele disse que vai ter a mesma voz do Sinatra... sonha, rico!). Também temos um punhado de programas "especiais" de natal e ano novo, além de filmes "especialmente" escolhidos para a ocasião, a famosa Missa do Galo, celebrada pelo papa e transmitida pela Globo, pela Canção Nova, pela Rede Vida, Aparecida (uma muito parecida com a outra...) e uns shows com os artistas do momento cantando (em playback) os seus maiores "sucessos". Agora, pra melhorar, leve em conta o fato de que a maior parte das emissoras tem sua versão para cada um desses programas!

Você reparou que eu escrevi especial entre aspas?! Pois é, nada ali nos especiais de fim de ano merece esse título, por alguns motivos. Primeiro, se é especialmente escolhido, por que todo ano eles repetem a mesma coisa?! Poxa, antes de vir escrever esse texto, eu dei uma olhada na Globo e advinha, estava passando "Meu pai é noel" de novo! Isso sem falar nos filmes sobre a vida de Jesus: parece que cada emissora tem um único filme que se repete todo ano, sempre no mesmo horário (e até me assusta um pouco, pois eu vi na internet que hoje, 25, a Record vai passar um filme das duas da tarde até às oito da noite [longo, hein?!]). Outra coisa que também se repete todo ano são os cantores do tal "Show da Virada", o que nos leva a dois possíveis questionamentos: ou a parada de sucesso já está literalmente parada ou a Globo já não tem mais a quem chamar; e por aí vai...

Coitados dos que, assim como eu, passam essas festas de fim de ano em casa (eu não faço isso em todos os anos, mas em grande parte deles sim). A programação da TV, feita "especialmente" para aqueles "deixados pra trás" é extremamente chata e repetitiva. Não tudo, claro, mas a grande maioria da programação.

Mas, cá entre nós, acho que isso já é feito de propósito. Com uma programação insuportável na TV, a pessoa se sente impelida a sair de casa, nem que seja pra ficar "sentado na porta, vendo o movimento", como minha vó diz e adora fazer. Se bem que, hoje em dia, esse argumento nem é mais válido, já que as novas mídias, como o DVD, o videogame, a internet estão sendo acusadas de roubar a audiência das emissoras, servindo como "escape" para o marasmo do fim de ano na TV aberta. Também há uma outra explicação para esses "programas especiais" serem como são: no fim do ano é comum o share (o número de TVs ligadas) diminuir, graças ao calor, as viagens, etc etc. Por isso, não há grandes investimentos na programação por parte das emissoras, já que o "grosso" da audiência não vai estar presente, entendeu?!

Mesmo assim, ainda tem um ou outro corajoso que se arrisca a por no ar alguma coisa inédita e diferente, tentando fazer com que essa audiência "fujona" volte para a frente da TV. O que a Record está fazendo com "A Fazenda", colocando os famosos confinados no natal e no ano novo e transmitindo programas especiais a partir dela é algo inédito na nossa TV. Extremamente arriscado, já que a outra Fazenda acabou há 3 meses, mas ainda assim, corajoso e, convenhamos, interessante, apesar de chato (e meloso!).

Acho que você deve estar se perguntando "poxa, onde está o espírito de natal desse cidadão?". Bem, sabe que eu não sei?! Só sei de uma coisa: graças à TV, meu espírito natalino deve estar guardado lá no fundo do meu "baú mental", só saindo de lá quando quer... quem sabe isso acontece no ano que vem, quando eu vou estar completamente ligado em outra coisa (que, pra minha tristeza, não vai ser esse blog)?! Mesmo assim, torço para que a tal programação especial das emissoras faça por merecer esse adjetivo! Por enquanto é só o tradicional "arroz com feijão de fim de ano". Aliás, arroz com feijão não... coloque no lugar deles alguma "dupla alimetícia" famosa no natal, tipo, biscoito com leite para o Santa Claus... quem nunca fez isso?!?!? Aliás, se o Papai Noel assistisse a programação especial, o que será que ele diria?! Hum... ho, ho, ho?!

Ah, e antes que eu me esqueça: FELIZ NATAL!!!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

"Não vou citar nomes..."

Bem... aí o nome não foi esquecido...

Desde que o mundo é mundo, as pessoas adoram saber o que se passa na vida alheia (dos outros... foi mal, não resisti!). Antigamente, as janelas das cidades pequenas eram o lugar certo para ficar sabendo de coisas como "sabia que a fulana traiu o marido com o cicrano?" ou "sabia que o filho do coronel..." (er, melhor deixar esse último pra lá), graças aos serviços de entrega de informações fornecidos por aquelas digníssimas senhoras que, com muito tempo livre, ficavam conversando sobre o que se passava dentro das casas dos seus vizinhos. Ainda hoje é possível encontrar senhoras assim, que estão por dentro de tudo o que acontece na sua rua e sobre você (vá por mim, elas sabem!).

Hoje em dia, com o advento das comunicações e o fascínio que a vida dos famosos exerce sobre alguns, a moda é falar sobre a vida dos ídolos das pessoas. Esqueça o fato de que os famosos aderiram ao Twitter e agora se expõem sozinhos. Ainda existem MUITOS setores da imprensa que se especializaramm em seguir e publicar cada detalhe da vida dos muito famosos, dos meio famosos e dos "famosos?", fazendo a alegria das pessoas que gostam de ler sobre esse tipo de coisa.

Mas vamos esquecer por um momento aqueles argumentos óbvios que defendem a privacidade das pessoas, sejam elas famosas ou não. Aqui nesse post eu quero destacar uma outra coisa que me chamou a atenção: a ética do jornalista. Ela diz (creio eu) que o jornalista deve sempre prezar pela verdade e que, se não for oportuno, ele não deve publicar o nome das pessoas envolvidas em algum fato, digamos, "pessoal demais". Até certo tempo atrás as pessoas respeitavam isso. Só que agora...

Fabíola Reipert, em seu blog no R7, postou uma notícia que fala sobre a chantagem que "certa" apresentadora de TV está sofrendo do ex-marido, que, se não receber R$15 milhões, promete colocar na internet, para quem quiser ver, um vídeo dele com essa apresentadora, fazendo "lesco-lesco" na cama com mais uma pessoa (=O). Até aí tudo bem, pois essa é só uma fofoca normal, onde, para a proteção dos envolvidos, a repórter omitiu seus nomes. O problema está nos comentários que os leitores fizeram dessa notícia...

Coisas como "qual é a graça de dar a fofoca sem citar nomes? #fail" e "perdi meu tempo lendo isto …! Pior que uma fofoca …é uma 1/2 fofoca. Com certeza vc deixou o profissionalismo em casa hj ." e até gente dizendo que ela era uma má profissional por causa disso. Caramba, o que aconteceu com as pessoas?! Elas enlouqueceram?? Agora um jornalista é classificado como ruim se não diz os nomes em uma fofoca???

Muito provavelmente, Fabíola Reipert fez isso por medo de levar um processo ou para não atrapalhar a história (apesar de ser quase possível advinhar dois dos nomes...). Isso foi quase ético demais. O que importa, de fato, é a notícia, já que ela pode levantar várias questões diferentes e levar a um debate relevante sobre alguma coisa. Agora, a falta de privacidade (iniciada, diga-se de passagem, por alguns setores do jornalismo) chegou a um outro nível, onde a credibilidade do jornalista é posta em xeque se não jogar toda a "m#%*@ no ventilador", pra todo mundo ficar sabendo.

É meio complicado um negócio desses. Ainda bem que, para a sorte dos jornalistas (nós!) os famosos estão tomando as rédeas da exposição da vida deles. Assim, não precisamos nos sentir tão atacados quando alguma coisa desse tipo acontecer (e nem na obrigação de falar sobre). No futuro, se a coisa continuar assim, podemos até esperar alguns ataques pessoais se não devassarmos completamente a vida de alguém (e isso não se restringe às fofocas, viu?!?!). Precisamos rever aquela história de "o leitor (e o cliente) tem sempre razão", porque, senão...

domingo, 20 de dezembro de 2009

"A gente somos piratas!"

Download de músicas: o "carro-chefe" da pirataria digital!

A notícia é velha, mas ainda assim preocupante: o Brasil, em 2003, foi incluído na lista negra dos países que pouco faziam para barrar o crescimento da pirataria. Nesta mesma lista está a campeã no quesito "eu copio sim, e daí?!", a China, lugar onde 90% dos cds vendidos são falsificados (de acordo com dados de 2003 da Federação Internacional da Indústria Fonográfica). Não, você não leu errado. De cada 10 discos vendidos na terra de nossos irmãos de olhinhos puxados, 9 são cópias piratas, vendidas por camelôs ou baixadas da internet.

Isso mostra o quão difundida está a cultura de downloads, seja de músicas, softwares, jogos ou seja lá o que for. Eu mesmo, de uns anos pra cá, me tornei um "pirata" de música na internet. De todas as músicas que tenho salvas aqui no meu PC (mais de 4GB), só umas 8 vieram de um CD que a minha irmã comprou ou ganhou (sei lá). O resto veio dos famosos programas de compartilhamento de música, como o meu favorito "Ares" ou o queridinho das multidões, "Emule". Existem também sites especializados nisso, como aqueles de torrent (caso do "Pirate Bay" e do "Mininova", antes de serem pegos pela justiça [droga!]). Provavelmente você já usou um desses meios pra conseguir aquela música de que tanto gosta. Isso se, num ato de loucura extrema ou grande necessidade, você não parou na rua um daqueles barulhentos carrinhos onde são vendidos CDs e DVDs dos mais variados tipos.

Não importa como acontece: a pirataria vem tirando o sono das gravadoras (e da indústria como um todo). Ainda de acordo com a Federação Internacional da Indústria Fonográfica, em seu Relatório de Pirataria Comercial, de 2005, 1 em cada 3 CDs vendidos no mundo usa "tapa olho e perna de pau". Essa indústria já movimenta algo em torno de US$ 4,6 bilhões. Esse mesmo relatório diz que a venda de músicas ilegais (naquele famoso CD-R) aumentou 6% na América Latina e que, em 31 países, a venda de CDs ilegais já ultrapassou a venda legal! São dados assustadores, considerando-se o fato de que esses dados falam SOMENTE da pirataria na música.

Mas qual a razão dessa ilegalidade toda? Bem, como usuário de alguns desses métodos "ilegais", posso dizer com convicção: baixar uma música é muito mais prático do que comprar um CD. Por algumas razões. Uma delas é que às vezes você só gostou de uma música específica. Em outros tempos, mesmo gostando de apenas uma música, você era obrigado a comprar o CD inteiro. Um enorme desperdício, não?! Outro motivo, e esse vale para música, filmes, games etc etc, é o preço. Enquanto uma música baixada da internet sai (teoricamente) de graça, um CD custa, digamos, bastante (R$ 80,00 por um CD, R$ 100,00 por um DVD e R$200,00 por um jogo tá bom pra você?). Além de que agora você não precisa sair mais de casa pra comprar esses CDs. Então, não importa o que as gravadoras dizem: a internet é a tal "luz no fim do túnel" para nós menos abastados (até mesmo para aqueles que podem pagar esses preços!). Certo?!

Nem tanto. Essas "vantagens" da ilegalidade são justamente onde se escondem os maiores defeitos e perigos da pirataria. Esqueça a parte de gostar somente de uma música. Isso vai do gosto pessoal de cada um, ainda que, ouvindo o CD inteiro algumas vezes, você pode vir a gostar de uma música ou outra, ou mesmo do álbum inteiro. O problema maior está na parte econômica. As coisas aqui no nosso país são muito caras. Quer um exemplo? Lá vai: Você tem um Wii em casa? Sabia que lá nos EUA ele custa US$ 249,99? Aqui no Brasil, os preços variam entre R$ 899,00 e R$ 1699,00. Usando a cotação do dólar do dia 18/12 desse ano (US$ 1 = R$ 1,78), teríamos que o preço do console aqui deveria ser de R$ 446,66. (e eu nem vou falar do valor dos jogos pra você não ter um treco!). Sabe qual a razão dessa discrepância toda entre os preços? Simples: os impostos. As taxas aqui no nosso país estão entre as mais altas do mundo. Enquanto se cobrarem valores exorbitantes daqueles que produzem todos esses bens culturais (como a música, filmes, jogos) ou não, os valores vão continuar altos, as pessoas vão continuar consumindo a pirataria, e, segundo o site da campanha "Pirataria: Tô Fora", mais tráfico de drogas e mais desemprego vão continuar acontecendo.

Mas aí você me pergunta: só baixar os impostos realmente resolveria o problema? Não exatamente, já que a compra "do que é mais fácil" já está presente na nossa cultura desde muito tempo. Não vai ser algo fácil de resolver. E como os gastos do governo continuam subindo, os impostos continuarão seguindo o mesmo caminho, fazendo com que as despesas dos estúdios, gravadoras (e bla, bla, bla) subam ainda mais. Esses gastos refletem nos produtos finais e "voilá", cá estamos com preços altos de novo, voltando ao círculo vicioso de que falou certa vez um executivo da Microsoft: "um produto é caro por não vender e não vende por ser caro". Ah, detalhe: esse "cenário" que eu construí aqui se refere a coisas produzidas aqui no Brasil. Se formos falar dos importados... bem, é melhor deixar pra lá!

Algumas atitudes já estão sendo tomadas, como a venda de músicas avulsas pela internet (tanto pelas gravadoras como pelos músicos) ou então o download pago de games (caso do Zeebo, console da Tectoy em que os jogos são baixados a partir de R$ 9,99 e não existem em mídia física) e filmes (como na "loja online" da SONY no PS3).

Você reparou que as soluções tomadas pelos figurões da indústria giram em torno da internet, justamente aquela que é sempre "maldita" na boca deles?! E essa deve ser mesmo a salvação da indústria: ver a internet como aliada e não como inimiga, pois, se assim fosse, já teriam dado o "shutdown" nela há muito tempo! Outra coisa: claro que comprar algo original é muito melhor por "N" razões (garantia, confiabilidade, durabilidade, vantagens, etc etc), mas enquanto se praticarem preços que fujam da realidade do brasileiro (basta ver que grande parte da "cultura" vendida não cabe no orçamento da maioria das famílias do país) essa situação dificilmente irá mudar. Vontade do povo não falta (se o povo não gostasse desse "produtos" não comprava nem mesmo os piratas), mas ainda falta aquele "empurrãozinho" que só os grandões podem dar!

P.S.1: se bem que pagar qualquer coisa por uma música quando dá pra ter de graça ainda é estranho (ilegal, mas estranho)... viva os compartilhadores de conteúdo!!

P.S.2: as opiniões aqui apresentadas são de minha responsabilidade e refletem minha maneira de pensar. Tá, de vez em quando eu sou um pouco anárquico, mas, quem não é?!?!

P.S.3: ah, eu sei que não existem CDs de 80 pratas, mas... o exagero aumenta o apelo do post, sacô?!?! =D

Fontes: site da campanha "Pirataria: Tô Fora!", Terra Música, ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Disco, Valor Online, Banco Central do Brasil e Buscapé.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

É tudo uma questão de numeros!!

Geraldo Brasil... digo, Geraldo Luis, a mais nova vítima da falta de audiência

A notícia que demos no "dgCAST" se confirmou: Geraldo Luis saiu do ar. Motivo: falta de audiência. O que mais chama a atenção nessa caso não é exatamente a saída e sim as condições que levaram à ela. Logo no primeiro programa (há 5 meses), Geraldo conseguiu assombrosos 11 pontos de pico, o que fez com que a direção da Record abrisse um sorriso de orelha a orelha. Depois de uma "leve" queda, a produção do programa resolveu investir numa cobertura MASSIVA de "A Fazenda 1". O resultado foi o melhor possível, já que, todas as vezes em que o reality era abordado como pauta, a audiência reagia, tanto que, num dia, o programa se estendeu até 7 horas da noite, quando normalmente terminava às 5 da tarde, fazendo o sorriso brotar no rosto dos diretores da emissora mais uma vez.

Porém, como já havia acontecido antes, a audiência do "Geraldão" voltou a cair, para pífios 3, 4 pontos, perdendo do SBT, da Rede TV! e até mesmo da Band, restando uma briga ridícula com a Tv Cultura e a Gazeta. Pensando que a mesma fórmula de antes daria certo, lá vai o Geraldo abordar a "Fazenda 2", com seu elenco muito mal escolhido. Resultado: às vezes a audiência do programa caia para incríveis 2 pontos, deixando a Record em 5° lugar. Cansada dessa patacoada toda, seja ela por causa de audiência ou por causa dos altos custos do programa, a Record achou por bem tirar o programa do ar e colocar uma programação infantil (tão morna quanto o Geraldo) no lugar. Durante o encerramento de seu último programa, nessa sexta-feira (18), Geraldo pediu para que seus fãs o esperassem em 2010, quando, teoricamente, ele volta com um programa semanal.

Mas não pense que esse negócio de "não deu audiência?! RUA!!" é exclusividade de emissoras "não globais". A própria Globo, recentemente, tirou do ar o seriado "Norma", protagonizado pela atriz Denise Fraga, também por causa da baixa audiência. Há alguns anos, Cazé Peçanha também foi tirado do ar na Vênus Platinada, por causa de baixa audiência. O coitado só ficou cinco semanas no ar. O que foi uma pena, já que tanto o programa do Cazé (eu vi!!) quanto o de Denise (dizem) eram boas opções frente ao que era oferecido pelas outras emissoras.

Outra coisa muito comum nesse negócio de audiência é a pressão feita em cima das equipes de produção dos programas. Dizem que uma das redatoras do "Programa do Gugu" se demitiu da Record e voltou para o SBT. A razão disso, segundo ela, foi a pressão que a direção da emissora fazia em cima da equipe por uma melhor audiência.

Como é ela que define o tamanho do merchandasing que será feito nas emissoras, a audiência é tratada como um tesouro sem tamanho, já que, além de definir a parte financeira, o "real-time" (a medição em tempo real feita pelo IBOPE) ajuda os diretores dos programas ao vivo a definir estratégias de última hora para dar uma alavancada nos números e levar suas atrações ao primeiro lugar. Os diretores do Pânico e do Gugu (Allan Rapp e Homero Salles, respectivamente) usam esses números para bolar planos mirabolantes e ficarem se alfinetando via Twitter (dizem que é de brincadeira... tá, sei...).

A Record, recentemente, andou levantando suspeitas sobre a idoneidade do IBOPE, único instituto do país que mede a audiência das emissoras de TV, alegando que, durante aquele apagão que deixou mais da metade do país no escuro, a Globo ainda se manteve na liderança (como, se ninguém podia assistir?), enquanto ela e as outras emissoras estavam dando traço (0 ou alguma coisa muito próxima a isso). Essa aparente "guerra" da emissora de Edir Macedo contra o IBOPE rendeu assunto por algumas semanas, mas agora ninguém fala mais sobre.

Deu pra notar o poder que esses números têm, né?! Eles podem manter ou tirar um programa do ar, fazer com que sua atração favorita seja reformulada ou totalmente modificada. Eles também definem o quanto de intervalo comercial você verá na TV antes de começar a se divertir. Mas tem uma coisa que eles não conseguem fazer: elevar a qualidade da programação.

Você já percebeu que os programas mais "vazios" são os que dão mais audiência? Pois é, por causa desses numerozinhos, as emissoras morrem de medo de investir numa programação mais "cult". O que aconteceu com a "Norma" foi um sinal do que pode acontecer no futuro: os programas mais bem elaborados se reduzindo até serem totalmente extintos. Ainda bem que algumas emissoras grandes, como a Record, com seus "50 por 1" e "12 mulheres", e algumas emissoras pequenas, como a TV Cultura e a TV Brasil ainda se arriscam a fazer esses tipos de programa, que quase não dão audiência, mesmo que o poucos que os assistem façam um grande "polegar para cima" quando falam nesses programas (veja, por exemplo, os comentários que o Hiago e o Lucas fazem no "dgCAST #0).

Outra coisa que também acontece é o desrespeito com o telespectador. Cada ponto no ibope equivale a 60 mil pessoas. Agora pense comigo: se um programa dá 2 pontos de audiência, quer dizer que existem 120 mil telespectadores, que, por alguma razão, dão de seu tempo para assistir àquele programa. Se esse mesmo programa sai do ar por aqueles "pífios" 2 pontos, são 120 mil pessoas que ficaram órfãs desse programa. E aí, como fica?

Por essas e outras, acho que é um erro tremendo se fixar na audiência para construir uma programação. Nem sempre o que a maioria do povo quer é bom. Se fosse assim, aquele horrível programa "Pegadinhas Picantes", onde mulheres mostram os peitos, o que mais dá pra mostrar e alguma insinuações de sexo às 10 horas da noite seria o 'modelo a ser seguido", já que sempre dava em torno de 10, 12 pontos de audiência (ainda bem que esse "vai rodar" da programação do SBT!). E nem sempre um programa que dá baixa audiência merece ser tirado do ar, já que existem pessoas assistindo!

Se aquele ditado que diz "A voz do povo é a voz de Deus" está certo, então Nelson Rodrigues, quando disse que "toda unanimidade é burra", está mais certo ainda!!

P.S.: eu também desconfio do IBOPE!!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A maldição da inclusão digital!

Tenho duas notícias, uma boa e outra ruim. Vamos à boa primeiro: os brasileiros estão entrando mais na internet. De acordo com dados de 2008 do IBGE, 41 milhões de brasileiros já nevegam nas ondas da World Wide Web (entre 2005 e 2008, o aumento foi de 75,3%, o que é, num país como o nosso, em que a desigualdade social é tão gritante, algo espantoso). E a má notícia: os brasileiros estão entrando mais na internet. Contraditório? Sem sombra de dúvida. Mas há uma razão para essa minha aparente incoerência: cada vez mais pessoas estão "colocando suas ideias em prática" e postando isso em algum site na web, para quem quiser ver.

A MTV Brasil tem um programa chamado "Fiz na MTV", que é uma seção de vídeos feitos pelos telespectadores e postos no ar, durante toda a semana. Como a propaganda do programa (?!) diz, agora qualquer um com uma câmera na mão pode fazer materiais de qualidade e mostrar ao mundo. Isso é fato. O problema é que essa facilidade está fazendo alguns "diretores muito criativos" saírem de suas tocas, nos expondo às suas ideias malucas e seus vídeos que são toscos até a espinha dorsal.

Certo, eu já falei sobre isso aqui no blog por duas vezes (deu pra notar que eu gosto de falar nisso, né?!). Inclusive, num desses posts eu "elogiei" bastante (até parece) a Stéfhany "Cross Fox" e suas produções caseiras, dignas de exibição no churrascão de fim de ano na casa daquele tio mala e cheio da grana, pois só se distraindo com a comida pra poder prestar atenção em alguém que repete de dois em dois minutos "eu sou absoluta". Seria isso "auto afirmação"?! Não importa, mas o fato é que, depois da Stéfhany, muitos outros vídeos de "candidatos a cantor" começaram a pipocar na internet, como no caso da Ximbica, que você conheceu aqui (e que, diga-se de passagem, é bem melhor que a Stéfhany e a - vão me bater por causa disso, mas, tô nem aí - Lady Gaga (que vai ganhar um post só dela aqui no dgp em breve!).

Mas, quem achava que essas músicas "descaradamente copiadas" de outras e cheias de "eu me achismos" estavam restritas às mulheres, está redondamente enganado. Parece que a facilidade de acesso à internet e de gravar qualquer coisa em qualquer aparelho (graças à já citada inclusão digital) criou uma nova vertente musical, que, agora, também está sendo seguida por homens. Sim, homens, que também estão fazendo suas versões de "Eu sou Stéfhany"... é, isso mesmo que você leu. Meio assustador, não?! O pior de tudo: se você achava que a Stéfhany reinava sozinha na categoria "sou tosco e me orgulho disso", é hora de pensar de novo.

Dois representantes me chamaram a atenção. Um se chama Maxwel (indicação da Cecília), que resolveu "enfrentar" a menina do Cross Fox com um Rolls Royce. Porém, algo não mudou: a mania de se achar. Enquanto a Stéfhany diz que é linda e absoluta, Maxwell afirma (que fique claro: ele é quem diz!) que é "rico e bonito" (ele diz que tem várias mulheres, mas, vendo o vídeo, dá pra duvidar dessa afirmação...). Mas aí tem um outro detalhe. A qualidade técnica do vídeo desse cara é muito melhor que o da "Cross Fox girl", assim como o da Ximbica também é (se você tiver coragem de assistir o vídeo do cara, repare nos takes do carro em movimento... tá bom demais pra ser caseiro). Se você já acompanha minha campanha (?!?!?!?) para "destronar" a Stéfhany, deve ter imaginado, "pronto, ele vai colocar o vídeo desse cara aqui". Não, dessa vez não. A Ximbica entrou aqui porque é melhor que a piauiense (#fato). Mas daí a colocar outro "razoável" seria um pouco demais. Por isso, vamos jogar os holofotes em outra pessoa...

O nome dele: Eric Augusto. Além do óbvio fato de sermos quase xarás (sim, é com "x"... algum problema?!), ele tem algo que nenhum outro, até esse momento, conseguiu: ele é RUIM, mas MUITO RUIM. Tão RUIM que chega ser extremamente engraçado. O pior de tudo: ele deve ser a única pessoa no mundo que conseguiu fazer um segundo clipe MUITO PIOR que o primeiro. Sim, ele regrediu!! Uma pessoa assim merece um pouco da sua atenção. Por isso, deixemos o Maxwel e aquele outro corinthiano (esse fez uma música chamada "No meu fuscão"... imagina em quem ele se baseou...). Agora, com vocês, a prova de que a inclusão digital não é lá tão boa quanto parece ser (ouviu, Maxwell?!?!?)... Eric "eu também tenho um Cross Fox e sou tão absoluto quanto a Stéfhany" Augusto (para seu deleite, vou postar os dois vídeos dele aqui... veja se eu não tenho razão!):

Primeiro, o "bom" (defina "bom"...), "Versão Masculina da musica Eu Sou Stefhany (No Meu Cross Fox)", nas palavras do "diretor" do vídeo, feito para um trabalho de produção multimídia, Gabriel k Cicchelli... quanto terá sido a nota que ele ganhou?!?!



Agora, o campeão da categoria "Ritmo? Compasso certo?! O que são essas coisas? São de comer?!", "Bonito ou feio", versão "Ericdiana" de "Black or White", do Michael Jackson. Ainda bem que o outro estava valendo nota e esse não... assista pra entender o motivo disso (tente não enlouquecer e não abaixar o volume do alto falante ou do seu fone de ouvido!)



Preciso dizer mais alguma coisa?!?!? Será que a humanidade sobrevive a tantos Erics, Ximbicas, Maxwels e Stéfhanys?!?! Ou será que os Maias estavam prevendo que essas coisas iriam dominar a internet em 2012, causando a destruição do planeta?!?!? Só o tempo dirá... tsc tsc... bendita inclusão digital... (tô sendo irônico!)

P.S.: pra encerrar de vez esse assunto, está aqui, para quem ainda não viu, o link do "Escolha seu Nerd", do grupo "Os Seminovos", que ganhou o VMB 2009, na categoria "web hit.".. até que os caras não são ruins...