sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A maldição da inclusão digital!

Tenho duas notícias, uma boa e outra ruim. Vamos à boa primeiro: os brasileiros estão entrando mais na internet. De acordo com dados de 2008 do IBGE, 41 milhões de brasileiros já nevegam nas ondas da World Wide Web (entre 2005 e 2008, o aumento foi de 75,3%, o que é, num país como o nosso, em que a desigualdade social é tão gritante, algo espantoso). E a má notícia: os brasileiros estão entrando mais na internet. Contraditório? Sem sombra de dúvida. Mas há uma razão para essa minha aparente incoerência: cada vez mais pessoas estão "colocando suas ideias em prática" e postando isso em algum site na web, para quem quiser ver.

A MTV Brasil tem um programa chamado "Fiz na MTV", que é uma seção de vídeos feitos pelos telespectadores e postos no ar, durante toda a semana. Como a propaganda do programa (?!) diz, agora qualquer um com uma câmera na mão pode fazer materiais de qualidade e mostrar ao mundo. Isso é fato. O problema é que essa facilidade está fazendo alguns "diretores muito criativos" saírem de suas tocas, nos expondo às suas ideias malucas e seus vídeos que são toscos até a espinha dorsal.

Certo, eu já falei sobre isso aqui no blog por duas vezes (deu pra notar que eu gosto de falar nisso, né?!). Inclusive, num desses posts eu "elogiei" bastante (até parece) a Stéfhany "Cross Fox" e suas produções caseiras, dignas de exibição no churrascão de fim de ano na casa daquele tio mala e cheio da grana, pois só se distraindo com a comida pra poder prestar atenção em alguém que repete de dois em dois minutos "eu sou absoluta". Seria isso "auto afirmação"?! Não importa, mas o fato é que, depois da Stéfhany, muitos outros vídeos de "candidatos a cantor" começaram a pipocar na internet, como no caso da Ximbica, que você conheceu aqui (e que, diga-se de passagem, é bem melhor que a Stéfhany e a - vão me bater por causa disso, mas, tô nem aí - Lady Gaga (que vai ganhar um post só dela aqui no dgp em breve!).

Mas, quem achava que essas músicas "descaradamente copiadas" de outras e cheias de "eu me achismos" estavam restritas às mulheres, está redondamente enganado. Parece que a facilidade de acesso à internet e de gravar qualquer coisa em qualquer aparelho (graças à já citada inclusão digital) criou uma nova vertente musical, que, agora, também está sendo seguida por homens. Sim, homens, que também estão fazendo suas versões de "Eu sou Stéfhany"... é, isso mesmo que você leu. Meio assustador, não?! O pior de tudo: se você achava que a Stéfhany reinava sozinha na categoria "sou tosco e me orgulho disso", é hora de pensar de novo.

Dois representantes me chamaram a atenção. Um se chama Maxwel (indicação da Cecília), que resolveu "enfrentar" a menina do Cross Fox com um Rolls Royce. Porém, algo não mudou: a mania de se achar. Enquanto a Stéfhany diz que é linda e absoluta, Maxwell afirma (que fique claro: ele é quem diz!) que é "rico e bonito" (ele diz que tem várias mulheres, mas, vendo o vídeo, dá pra duvidar dessa afirmação...). Mas aí tem um outro detalhe. A qualidade técnica do vídeo desse cara é muito melhor que o da "Cross Fox girl", assim como o da Ximbica também é (se você tiver coragem de assistir o vídeo do cara, repare nos takes do carro em movimento... tá bom demais pra ser caseiro). Se você já acompanha minha campanha (?!?!?!?) para "destronar" a Stéfhany, deve ter imaginado, "pronto, ele vai colocar o vídeo desse cara aqui". Não, dessa vez não. A Ximbica entrou aqui porque é melhor que a piauiense (#fato). Mas daí a colocar outro "razoável" seria um pouco demais. Por isso, vamos jogar os holofotes em outra pessoa...

O nome dele: Eric Augusto. Além do óbvio fato de sermos quase xarás (sim, é com "x"... algum problema?!), ele tem algo que nenhum outro, até esse momento, conseguiu: ele é RUIM, mas MUITO RUIM. Tão RUIM que chega ser extremamente engraçado. O pior de tudo: ele deve ser a única pessoa no mundo que conseguiu fazer um segundo clipe MUITO PIOR que o primeiro. Sim, ele regrediu!! Uma pessoa assim merece um pouco da sua atenção. Por isso, deixemos o Maxwel e aquele outro corinthiano (esse fez uma música chamada "No meu fuscão"... imagina em quem ele se baseou...). Agora, com vocês, a prova de que a inclusão digital não é lá tão boa quanto parece ser (ouviu, Maxwell?!?!?)... Eric "eu também tenho um Cross Fox e sou tão absoluto quanto a Stéfhany" Augusto (para seu deleite, vou postar os dois vídeos dele aqui... veja se eu não tenho razão!):

Primeiro, o "bom" (defina "bom"...), "Versão Masculina da musica Eu Sou Stefhany (No Meu Cross Fox)", nas palavras do "diretor" do vídeo, feito para um trabalho de produção multimídia, Gabriel k Cicchelli... quanto terá sido a nota que ele ganhou?!?!



Agora, o campeão da categoria "Ritmo? Compasso certo?! O que são essas coisas? São de comer?!", "Bonito ou feio", versão "Ericdiana" de "Black or White", do Michael Jackson. Ainda bem que o outro estava valendo nota e esse não... assista pra entender o motivo disso (tente não enlouquecer e não abaixar o volume do alto falante ou do seu fone de ouvido!)



Preciso dizer mais alguma coisa?!?!? Será que a humanidade sobrevive a tantos Erics, Ximbicas, Maxwels e Stéfhanys?!?! Ou será que os Maias estavam prevendo que essas coisas iriam dominar a internet em 2012, causando a destruição do planeta?!?!? Só o tempo dirá... tsc tsc... bendita inclusão digital... (tô sendo irônico!)

P.S.: pra encerrar de vez esse assunto, está aqui, para quem ainda não viu, o link do "Escolha seu Nerd", do grupo "Os Seminovos", que ganhou o VMB 2009, na categoria "web hit.".. até que os caras não são ruins...

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