sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Pra quê tudo isso?



Esse vídeo que você acabou de assistir (você assistiu, né?!) foi gravado na UNIBAN, uma faculdade de São Paulo, na quinta-feira passada (22), quando uma aluna, Geisy Vila Nova Arruda, 20 anos, estudante do curso de turismo, foi hostilizada por todos os alunos da universidade por estar usando "um vestido muito curto".

Certo, tudo bem você não concordar com o tamanho do vestido de alguém, mas não precisava chegar a esse ponto. Toda a universidade parou. Os estudantes saíram de suas salas e foram para os corredores. Nesse momento começou a confusão. Geisy, por conta de hostilidades anteriores, que aconteceram no momento em que ela chegou à universidade e depois se estenderam ao momento em que ela foi ao banheiro (sob o olhar raivoso de cerca de 20 outras meninas), teve que se trancar na sala de aula e de lá só saiu sob a escolta da polícia militar. Ainda assim, durante o percurso, ela foi chamada dessas coisas que você viu e ouviu no vídeo (se você quiser ler a reportagem completa, clique aqui).

A coisa tomou proporções enormes quando os vídeos do ocorrido foram parar no Youtube. A imagem da estudante foi enormemente denegrida pelos autores dos vídeos, que só não a chamaram de bonita. Nas redes sociais, como o Twitter e o Orkut, as opiniões estão divididas: a maior parte dos alunos da universidade "quer a cabeça" dela. O resto do país acha, e com razão, que o ocorrido lá foi lamentável e injustificável.

Geisy disse, em entrevista ao programa "Geraldo Brasil", da Record (eu não assisto... mas de vez em quando eles acertam nas pautas!) que já havia frequantado a universidade com vestidos muito mais curtos que aquele, então, qual o motivo daquele "auê" todo? Bem, a resposta ninguém sabe...

Se ela tivesse ido com esse vestido para a igreja, por exemplo, até seria compreesível alguma reação do tipo (não tão exagerada, claro). Mas estamos falando de uma universidade, local onde a liberdade de expressão, de se vestir como quiser, de se relacionar com quem quiser, enfim, um local onde todos são muito mais livres (e, teoricamente, racionais) do que no colégio, só para citar um exemplo. Eu, universitário que sou, posso dizer que ocorrem coisas muito piores dentro de uma universidade. Algumas dessas coisas deveriam ser respondidas com revoltas do tipo. Mas causar uma confusão desse tamanho só por causa de um vestido?? Isso não acontece nem em escola (se alguma menina tente entrar no colégio usando uma roupa muito "curta", é, NA PORTA, convidada a voltar para casa e se trocar).

Será que chegamos à era do falso moralismo? De repente todos ficaram "puritanos" e resolveram jogar Geisy na fogueira, para servir de exemplo às outras? Não importa! Motivo algum justifica o que aconteceu! Ponto! O mais incrível é que, segundo a estudante, a universidade, que deveria resguardar seus estudantes, não prestou a mínima ajuda necessária. Até os seguranças soltaram algumas piadinhas para cima da garota. Não fossem os amigos, um professor e a já citada polícia, talvez ela tivesse sido linchada ou até mesmo, como foi gritado por alguns durante a confusão, estrupada.

Caramba, nós não precisávamos disso. Uma pena que isso tenha acontecido com ela, e, espero, que fatos semelhantes não ocorram novamente. E espero também que alguém consiga dar uma explicação convincente do fato, pois até agora não há nem sombra disso.

Ah, Geisy planeja processar todos aqueles que estiveram metidos nessa confusão (pasmem: a maior parte dos "agitadores" eram mulheres...) e, se seu advogado achar conveniente, processar também a Uniban, que nada fez para preservar a integridade da estudante. Ela planeja, também, retornar para a faculdade nessa terça-feira (3). Vamos torcer para que os ânimos esteja mais calmos...

Veja e tire suas próprias conclusões: está curto demais
a ponto de causar tanto barulho?

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Pensou em fama? Clic! A internet faz!

Nunca numa loja perto de você: boneca de voodoo...
digo... a boneca da Stefhany "Cross Fox"... é feia, mas
diz que é "Absoluta" em 3 línguas diferentes:
português, brasileiro e "absolutêz" e vem com um
"Cross Fox" de "plástico absoluto"!

Fama. Esse é o objetivo de vida para muitas pessoas, que não medem esforços para ganhar um espacinho nos corações do grande público. Para isso, vale tudo, desde arriscar a reputação em algum reality show até "ter uma ideia na cabeça e uma câmera na mão" e colocar um vídeo na internet, fazendo alguma coisa, digamos, estranha ou bizarra ou, como diria o Chaves, "as duas coisas, professor Linguiça"!

Ultimamente, não se fala em outra pessoa que não seja a menina do "Cross Fox", a piauiense Stefhany (que, diga-se de passagem, tem um nome artístico muito complicado de escrever sem a ajuda do Ctrl+C, Ctrl+V). O vídeo que ela gravou de uma música supostamente composta pela mãe dela, a dona "Nety" (que poderia abrir uma empresa de internet rápida... o trocadilho é por minha conta), alcançou um enorme sucesso na internet, o que fez com que a garota despontasse para o mundo da fama, indo a vários programas de TV, de rádio e por aí vai.

A nova vontade de Stefhany, depois de recusar um convite para "A Fazenda 2", é emplacar uma música sua numa novela da Globo. A menina, diga-se de passagem, está a um passo de conseguir isso, já que ela pôde ser vista recentemente gravando uma participação "especialíssima" para o programa "A Turma do Didi"... é, tô exagerando... ainda falta muito para ela emplacar alguma coisa na Globo, mas, se aquela banda "Djavú" conseguiu emplacar uma música em "Bela, a Feia", da Record, e virar um "sucesso" em todo o Brasil, nada impede que a menina, ganhadora de um "Cross Fox" pelas mãos de Luciano Huck, consiga o mesmo. E pensar que isso tudo começou com um simples vídeo no Youtube...

Mas Stefhany não é um caso isolado. Todos os dias aparece na internet algum vídeo de algum novo "candidato à fama instantânea", que busca ganhar seu espaço ao Sol e uma oportunidade de mostrar o que sabe (ou não) fazer. Nada contra esses corajosos, mas, você já parou pra pensar que a qualidade desses "novos famosos" está cada vez mais duvidosa?

Cada vez mais gente "tosca" está aparecendo e ficando famosa. Não existe mais aquela preocupação com a qualidade que se via há alguns anos. Parece que quanto mais bizarro, mais fácil é ficar famoso. Basta reparar na "Cross Fox Girl". A menina tem uma qualidade vocal "diferente" (eu ia dizer que ela canta mal mesmo, mas aí os fãs dela iriam me engolir vivo) e seus vídeos tem aquela cara de que foram feitos no quintal da casa da tia que mora longe da capital. Como eu disse antes, não há nada errado em ser "caseiro", mas daí a fazer sucesso "por pouca coisa" é demais!

A parte boa dessa história toda é que qualquer um pode ficar famoso. E quando eu digo "qualquer um", é qualquer um MESMO! Desde aquele "Zé mané" que senta no fundo da sala de aula, até aquele que realmente tem talento. Melhor dizendo, todo mundo está em pé de igualdade na hora de tentar ficar famoso, mais ou menos o que está acontecendo com nós, jornalistas, que tivemos a obrigatoriedade do diploma "deletada" de nossas vidas.

Isso é bom, não?! É, mais ou menos. Pense comigo: geralmente se faz um estardalhaço em cima do tosco que fica famoso. Esse "barulho" é tão grande que encobre aqueles que realmente tem talento. Eu não estou dizendo que os verdadeiros talentosos não vão ficar famosos. O que realmente acontece é que a fama deles chega mais tarde do que deveria, por conta da tosquice que aparece antes, entendeu? Ou a ideia do que é legal ou não está totalmente invertida ou as pessoas cansaram de dar valor para o que realmente seria interessante.

Ainda bem que esses famosos "tipo B" não duram muito tempo. Sua fama é do tipo expressa: acaba tão rápido quanto começou. Numa época em que o talento está tão fora de moda (por conta das celebridades fabricadas), é um alento saber que aqueles que realmente merecem os holofotes uma hora ou outra acabam aparecendo!

Agora... quanto tempo Stefhany "Cross Fox" vai durar? Façam suas apostas! Quem sabe se furarem os pneus do carro dela... hum...

sábado, 24 de outubro de 2009

Enquanto segunda não chega...

Muito bem, caros leitores desse blog... segunda-feira voltamos à nossa programação normal! Enquanto material inédito não chega por aqui (aliás, já consegui decidir sobre o que falo no próximo post!), conheça Francyslaura, a "mulher do rato" e "rainha da pisadinha" (dois títulos a se comemorar, hein?!), que a equipe do R7 encontrou perambulando pela Record. Claro, como sempre, não tem nada a ver com esse blog, mas os comentários que o editor colocou durante o vídeo já deixam a coisa mais parecida comigo, sabe?! Quem me conhece vai logo entender! (os que não sabem do que raios eu estou falando, saibam que "as legendas" do vídeo são mais ou menos as que eu faria na mesma situação... mas eu não sou sarcástico... não muito, pelo menos...):



Bem... ano que vem tem o "Ídolos" de novo?

terça-feira, 20 de outubro de 2009

É hora de dar pause!


Por conta da completa desorganização e de um excesso de coisas pra fazer desse que vos fala/escreve, o dgp teve que dar uma pequena pausa em seus posts. Mas, não fique triste (guarde a tristeza para janeiro do ano que vem...), pois em breve as coisas voltam ao normal... basta eu decidir sobre o que falar primeiro =D

Como diria "Klonoa", "See you soon!"

Image by "Tivid" (Deviant Art)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

What are you doing? Destroying your career?

Yes, we tweet!

"Celebridades são pessoas normais, assim como você. A diferença é que elas são incrivelmente ricas!" Essa era a definição que a "EGM Brasil" dava para as celebridades, na seção da revista em que eles entrevistavam gente famosa envolvida com games. Hoje em dia, essa afirmação continua em alta, já que as celebridades resolveram se misturar ao baixo clero, ou seja, nós, meros mortais, num site em que todo mundo fala o que bem entende: o Twitter, serviço de microblogging criado em 2006, por Jack Dorsey e que hoje já conta com mais de 11 milhões e meio de usuários (segundo dados de fevereiro dese ano).

Até aí tudo bem, já que uma coisa dessa aproximaria os famosos dos fãs, fazendo com que nós pensemos que somos amigos íntimos deles, justamente por causa da super exposição de vida que o Twitter ajuda a fazer (é, ele não faz isso sozinho). No fim das contas, o site acaba fazendo as vezes de fofoqueiro de plantão, servindo como base para as notícias "super interessantes" que você lê em sites como o EGO e O FUXICO (só site de gente com alto Q.I.).

Mas, como eu já havia dito antes, essa "liberdade" de expressão pregada pelo site acaba sendo seu calcanhar de Aquiles. Basta ver as confusões que o serviço acabou causando. Exemplos disso não faltam. Basta citar Sasha, a filha de Xuxa, e seu "sena" no lugar de "cena"; Boninho, diretor da Globo, comentando em tempo real a estreia da "Fazenda"; O diretor do Gugu mandando um sonoro "chupa!" para o SBT, quando estreou na Record ganhando de seu antigo patrão na audiência e agora, mais recentemente, Willian Bonner contando sua "quase" prisão em Barcelona, na Espanha, e tendo seu português corrigido por uma ex-BBB (meu, que afronta!!!) e dando corda pra brincadeira que ela fez. Às vezes a coisa fica fora de controle, como no caso do post aí em baixo, em que Miley Cirus resolveu acabar com sua conta no site por causa da extrema exposição de sua vida que ela mesma causou, diga-se de passagem.

Mas aí você pergunta: se os famosos são pessoas normais, o que tem se eles resolvem escrever bobagens no Twitter? A resposta para isso é simples: eles têm uma imagem a zelar. Tá certo que até hoje nenhum dos famosos foi punido por causa do que escreve no site (hum... Rafinha Bastos acabou com qualquer chance de trabalhar na Record, depois de um piadinha que fez sobre a possível ida de Cristian Pior para o canal de Edir Macedo), mas, como eles trabalham com sua imagem, e ela é "paga" pelos patrocinadores e pelos canais em que eles trabalham (sim, a tv paga pelo uso da imagem da pessoa, e não pela pessoa em si), então é melhor que eles andem na linha, para que seu "valor de mercado" não caia como a bolsa de N.Y. durante a crise de 29, entendeu?!

Talvez, por essa razão, a Globo tenha tomado a decisão de monitorar o que seus contratados andam escrevendo na internet (leia-se, Twitter). No mês passado, a emissora "pediu gentilmente", através de um memorando interno, que seus funcionários restringissem e tomassem cuidado com o uso do microblogging, do Facebook, do Orkut e etc. É mais do que óbvio que a Globo não está preocupada com a popularidade ou com a (vou ter que repetir...) imagem de seus "protegidos". O negócio é que a família Marinho está preocupada com o que pode ser dito sobre seus bastidores, dando munição para a concorrência. Mas isso é assunto para outro post.

Eu, particularmente, não vejo problema nenhum em os famosos ficarem falando o que dá na telha pela internet. Isso é até legal demais, pois mostra que eles são "gente como a gente", que fazem muitas coisas legais, mas também muita m... provando, de uma vez por todas, que aquela redoma de vidro que a imprensa insiste em colocar ao redor dos famosos nunca existiu! E viva a internet e o Twitter! E pense bem, onde mais podemos falar mal de Jesus Luz em seu "momento DJ" e ter a certeza que ele vai nos dar atenção (mesmo que não goste... mas e daí?!)?! Só no Twitter, uai!

E como diria Paulo Bonfá, "É falando muita m... que a gente aduba a vida!" =D

Em tempo: eu sei que não tem muito a ver, mas o Google liberou, meio sem querer, o novo layout do Orkut, que agora, pelo menos baseado no que a imagem mostra, vai ficar mais parecido com... o Twitter! Que coisa, não!? Olha aí e tire suas próprias conclusões:

Nem se anime muito. O Google não confirmou nada. Mas como essa imagem está
no site do "Google Chrome", já é de se suspeitar!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

No more twitter 4 Miley Cirus...

Se a Hanna Montana lesse o DGP, nada disso teria acontecido! Miley Cirrus, a intérprete de uma cantora teen num seriado da Disney, resolveu deletar sua conta no Twitter. Entre os motivos alegados por ela, está a total falta de privacidade causada por ela própria, por ficar o tempo todo dizendo o que está fazendo para seus fãs e o fato de não estar vivendo para si mesma, e sim para os holofotes. Além disso, a cantora aconselha: os “jovens de todo o mundo deveriam tirar férias da Internet”. (não precisa tanto...)

Ela ainda disse que a decisão foi tomada por ela, e não pelo namorado, Liam Hemsworth, que só a alertou sobre o tempo que ela estava gastando/perdendo com o site. Além do texto, que ela postou em seu blog, ela também publicou um vídeo, em que, ao estilo do RAP, dá mais razões e alfineta algumas pessoas... dá uma olhada:


"I'm deleting my twitter"

Há alguns posts eu havia falado sobre o fato de a internet estar acabando com a privacidade das pessoas, justamente por causa delas mesmas, que não seguram suas línguas quando vão falar sobre suas vidas em sites de relacionamento... Por isso, Miley, antes de fazer essas coisas, você deveria ter lido o DGP, né!?!?!?!?!?

P.S.:eu sei, esse post não faz o estilo do DGP (parece muito mais com o "A Cidade e Eu"), mas a notícia veio para mostrar que... há, eu tinha razão!!! muahahahahahahaha =D

Fonte: R7


*pensando nas pessoas que não estão entendendo o que raios essa guria tá cantando, segue, abaixo, a letra da "música":

Yeah, the rumors are true
I deleted my Twitter
Can you believe it?
I got to 2 million
Then I said adios
I had to say goodbye
And this little rap is to tell my fans why
Uh, uh
No, it wasn't because my friend told me to
Yall know very well what you say I don't do
And the reason's are simple
I started tweeting about pimples
I stopped living for moments and started living for people
Yeah, you write what you're doing
But who really cares?
If I'm playing with Noah or just doing my hair
Everything that I type
And everything that I do
All those lame gossip sites take it and they make it news
I want my private life private
I'm done trying to please
I ain't living for tabloids
No, I'm living for me
No more emo quotes and fake fueds with Demi
Yeah, I'm done with all that
And the truth is I'm too busy
Yeah, I gotta admit
I'll miss Dane Cook's tweets
And I really like looking at Katy Perry and Britney
I might have some withdrawls
I was a little obsessed
But I'm peacing out and I'm leaving with this
Ha, goodbye
Uh, uh goodbye


Tá, goodbye! (essas estrelas e seus egos... tsc tsc!)

A programação local que não é legal!

Um dos "astros" da tv alagoana em "ação" (cof, cof): o diretor, produtor, fotógrafo, contra-regra,
iluminador, câmera, editor de revista e garoto propaganda James "Silver" da Silva.

Opções para todos os gostos (e, até certo ponto, para todos os bolsos). É assim que podemos definir a atual situação da televisão alagoana. Mas não se engane. Apesar de essa frase parecer um elogio, ela também mostra uma "face oculta" da TV aqui em nosso estado: essa variedade não existe de fato. Quer dizer, existir até existe, mas é tão fraca que nem vale a pena estourar fogos comemorando seu poder de escolha! Pra provar que eu não estou exagerando, vamos analisar os fatos...

Começando pelo começo, temos os carros chefes da programação: os programas jornalísticos. O telespectador pode escolher entre os jornais diários (um beeem diferente do outro), os esportivos, que, para a felicidade de todos, começaram a se diversificar mais, mostrando que no nosso estado não existe somente futebol... ainda bem, porque nem disso dá pra se orgulhar. Além desses, temos os programas de entrevistas, o de matérias especiais (sim, um só), os temáticos e o "poderoso chefão", o arrebatador de multidões, os extremamente mal-feitos, mas ainda assim, líderes de audiência, programas policiais!

Vamos fazer uma rápida pausa nesses. Antigamente, eles se preocupavam em mostrar, somente, as mazelas da sociedade, ou seja, morte, gente necessitada e mais morte. Tanto que a grande maioria deles adorava exibir gente morta no horário do almoço. E o que é melhor: sem censura nenhuma! Imagine a cena: você, com sua família, em frente à TV em plena hora daquela macarronada com molho de tomate. Daí então, vocês ligam a televisão e dão de cara com a imagem de um cadáver com suas tripas para fora que, por estarem cobertas de sangue lembram, e muito, o macarrão que você está comendo! Legal, né!? Ainda bem que, com o passar dos anos, isso acabou (ou então, as emissoras aprenderam a usar o "embaçamento" da tela nessas partes). Aliás, acabou aqui, porque em Recife a coisa continua. E, segundo algumas coisas que andei lendo na internet, a prática chegou ao sul do país, através da (ora veja só) Record. Além disso, os programas policiais começaram a agregar outras coisas em suas "pautas", tais como "humor" (falta um pouco ainda, mas já é engraçadinho...), "revelação de talentos" (cof, cof) e outras coisas, que, creio eu, servem para deixar a programação mais leve... tá, sei!

Temos também outra categoria de programa que chegou recentemente à nossa TV, pegando carona na nova mania nacional: as revistas eletrônicas. Nesses programas, que são formatados para parecer com uma revista (até hoje não sei a razão disso. Se alguém souber, por favor, sinta-se a vontade para explicar... se tiver paciência, claro!), imperam os assuntos mais "light" (leia-se, sem graça nenhuma) e a culinária, que não podem ser colocados nos programas policiais. "Hoje em Dia", temos dois programas nesse estilo, que querem fazer parte do "Dia Dia" das donas de casa, transformando suas manhãs numa "Manhã Maior": "Cotidiano", na TV Alagoas; e "Feito pra Você", na TV Pajuçara. Detalhe: se revista eletrônica for o que é mostrado nesses dois programas, é melhor acabar essa historinha de "atulhar diferentes assuntos num programa só" por aqui mesmo!

Por último, mas não menos importante, temos os programas "inúteis", que não servem para nada (eu sei, é redundante, mas é verdade!). Ou melhor, servem só para ocupar espaço na programação. De um lado temos os programas eleitoreiros, que mostram as "boas coisas" feitas pelos políticos do estado. Por mais incrível que pareça, esses programas nunca ficam sem assunto. É como se os políticos locais estivessem o tempo todo trabalhando e inaugurando obras. Como nós todos sabemos que isso não acontece, temos um problema. De onde saem as pautas desses programas? Estranho... Se por um lado temos os políticos, do outro temos James Silver. Sabe quem é? Ele é o apresentador dos 15 minutos mais inúteis da televisão mundial! O seu programa, o Sem Estilo... ou melhor, o "Com Estilo", é daqueles programas que mostram umas coisas que as classes C e D nunca vão ter ou lugares em que essas pessoas nunca irão! Ou seja, é um programa elitista, que mostra o "Life Style of Rich and Famous" da alta sociedade alagoana. Em outras palavras, é um programa tão profundo quanto um pires ou a coluna social dos jornais. Seja sincero... essas coisas não têm a menor graça. Pra quê ficar sabendo que "Fulana e Cicrano estão juntos aproveitando a lua de mel na orla de nossa cidade. Felicidade aos pombinhos" ? E daí que eles tão aproveitando a lua de mel? Quem são Fulana e Cicrano?? Isso cai no ENEM??? Ah, faça-me o favor!

Enfim, analisando a (medonha) programação local de nosso estado, podemos perceber que os únicos de que podemos nos orgulhar são os jornalísticos (menos os policiais... desses é melhor ter vergonha), pois eles ainda prezam pela qualidade... nem sempre, é claro, mas eles bem que se esforçam! E, pensando bem, qualquer coisa é melhor que assistir ao "Com Estilo" e seu "Estilo de A a Z", em que os convidados, na maioria das vezes, associam a letra "X" com a Xuxa... é, além de "estilosos" eles também são criativos! (se for pra ficar rico e ficar assim, prefiro ser pobre!) E antes que eu me esqueça: quer ter uma boa ideia de como se faz televisão em nosso estado? Então, o "Esporte Campeão", da "TV Alagoas Mundial do Poder do Valdemiro Santiago". é o seu programa. James Silver perde feio pro Eduardo Canuto e sua equipe de repórteres... Para evitar que você enlouqueça vendo esse show de horror, não vou colocar nenhum vídeo do programa aqui! Um dia você vai me agradecer!!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Nos livramos do "Press Start Button"?

Falta alguma coisa aí, não?!

Desde que o mundo é mundo, todos nós jogamos videogame segurando nas mãos um controle. Não importava qual console fosse, nós sempre tínhamos que jogar apertando botões, seja apenas um no Atari ou mais de 6 no Dreamcast. Isso, diga-se de passagem, virou regra na indústria. Conforme as gerações foram passando, os consoles foram ficando mais potentes graficamente, nos permitindo jogar online sem precisar de um PC, exibindo novos gêneros de games, mas os controles sempre estiveram lá, firmes e fortes, inclusive "crescendo", como no caso do primeiro Xbox. Contudo, essa 6ª geração de consoles nos trouxe uma feliz, e surpreendente, constatação: nós nunca precisamos exclusivamente de botões para jogar!

Wii Fit em ação!

O primeiro a levantar essa bandeira foi o Nintendo Wii e seu revolucionário sistema de controle baseado em movimento. Você pode jogar balançando suas mãos e braços e, depois do lançamento de "Wii Fit" e seu "controle-balança", as mãos e os pés começaram a interagir de verdade na jogabilidade (esqueça "Dance Dance Revolution", onde só os pés tinham destaque). A SONY, pra não ficar de fora, resolveu investir em movimentos também, com seu (pobre) SIXAXIS, que era um Dual Shock sem a vibração. O problema maior desse controle era sua limitação ante o controle do Wii: enquanto o periférico da Nintendo tem um reconhecimento espacial total, o da SONY só reconhece 6 eixos (por isso o nome, sacô?!). Nem preciso dizer que a coisa não funcionou como os executivos do PS3 queriam, o que os obrigou a desenterrar o sistema de vibração e relançar o treco, com o nome de "Dual Shock 3". Correndo por fora vinha a Microsoft, que apostou todas as fichas no básico "controle de apertar", sem entrar no movimento. Bem, isso até a E3 2009, onde o mundo conheceu o "Project Natal" (e um outro negócio parecido da SONY, que eu mostro no fim do post).

Xbox 360 e o Project NATAL

Mas o que raios é isso e por que razão tem esse nome? Calma, uma pergunta de cada vez! O NATAL nada mais é que a evolução do controles como os conhecemos . Quer dizer, é a sentença de morte dos controles tradicionais, já que sua principal característica é o não uso deles . Seu corpo inteiro assume o papel de controlar o que está na tela. Incrível, não?! O aparelho que faz esse trabalho vem munido de câmera (com um reconhecimento espacial tão bom quanto o do Wii) e microfone (nos mesmos moldes do "Wii Speak"). E, diferente de seus "colegas", o NATAL não exige que você segure nada para ajudar no reconhecimento. Basta se posicionar na frente dele e começar a se mexer. Simples assim. E é justamente a simplicidade da ideia (só dela também, porque o negócio é de uma engenharia à frente de nosso tempo) que cativou o mundo. É como se alguém pegasse a ideia da Nintendo de simplificar as coisas e a "melhorasse" em todos os aspectos.

Quanto à outra pergunta, ele foi desenvolvido numa parceria entre a Microsoft, Steven Spielberg (sim, ele mesmo) e a israelense 3DV Systems. Um dos pesquisadores do projeto é o brasileiro Alex Kipman, que resolveu homenagear a capital do Rio Grande do Norte, Natal. Aliás, natal também significa "nascimento" em latim. Mas e daí? Temos um projeto "bacana" com um nome nacional. Agora podemos todos nos gabar!

Eye Toy: Um game de limpar janelas! Uau... que chato! (aquela menina não parece a Maísa?)

Antes que alguém pense que estamos diante de uma "revolução da revolução", tenho que lembrar d'uma coisa: a ideia de jogar sem ter que apertar botões não é nova. Como eu já disse antes, desde o NES as produtoras buscam alternativas para acabar com a confusão que os botões criam. Exemplos disso não faltam, e algumas deles foram "revisitados' no NATAL. Jogar em frente a uma câmera não é algo novo. A SONY, ainda durante o PS2, nos apresentou o "Eye Toy", que nada mais era do que uma câmera em que você se "balançava" para jogar. Claro, todos os games lançados para ele eram bem simples, exigindo que você só mexesse os braços e, de vez em quando, pedindo que você balançasse a cabeça. Mas parava por aí. No PS3, a câmera voltou, para aqueles que queriam saciar sua vontade de jogar algo parecido com "Yu Gi Oh", num jogo chamado "The Eye of Judgement" (na verdade, essa é a cópia barata).

Se a ideia da câmera não é nova, imagine então a do microfone! Falar com o que está na tela já vem desde o N64, onde os jogadores podiam bater um papo com o Pikachu, em "Hey you, Pikachu!" (esq.), passando pelo Dreamcast, com o simulador de "bichos-homem" (sem brincadeira!) "Seaman" (dir.), que, diferente do pokémon, permitia que os jogadores batessem um papo sobre filosofia com os animais na TV (é sério!). Na mesma linha, temos a aventura "Lifeline", para PS2, em que você ajuda uma garçonete a sobreviver aos perigos de uma estação espacial (?!). Claro, você podia ajudar a moça, desde que ela te entendesse. E, só para encerrar nossa lista de "games com microfonia", cito "Nintendogs", simulador de criação de cães para o Nintendo DS, onde você pode chamar seu cãozinho pelo nome e dar ordens a ele, e o acessório "Wii Speak", um microfone que você coloca em cima da TV, assim como o do NATAL, que fica embutido com a câmera.

Bem, pelo que deu pra ver, o NATAL nada mais é do que todas as ideias que tiveram até hoje juntas num aparelho só, não?! Mas, o que me fez escrever esse post não foi extamente o projeto, e sim um de seus games. Criado pela Lionhead Studios, "Milo" não é exatamente um game. Ele se parece mais com um simulador, em que você interage com um pirralho chamado... Milo (criativo...). Mas o que um game de "bichinho virtual" tem de tão impressionante? O lógico! Desenvolvido exclusivamente para o aparelho, "Milo" pega tudo o que conhecemos sobre simulação e bichinhos virtuais, joga no lixo e nos trás um novo jeito de ver as coisas. O nível de interação é simplesmente INCRÍVEL. Ao invés de eu ficar aqui escrevendo linhas e mais linhas sobre o quão inovador é o "game" desenvolvido por Peter Molyneux, vou mostrar a demo do projeto. Dá só uma olhada:



É ou não é pra ficar de boca aberta?

Vendo tudo isso, só dá pra pensar em uma coisa: nós nunca precisamos de botões! E, graças à Nintendo, à Microsoft e, em menor parte, à SONY e à TecToy (com o "Bumerang" do Zeebo), temos certeza que os botões estão com os dias contados... Mas, será que isso é bom? Fica a pergunta!

Ah, e cumprindo o prometido, veja só o estranho sistema de movimento do PS3:

Sim, é um cara segurando umas coisas com umas bolinhas coloridas
em cima. Se as pessoas já achavam meio estranho jogar com o
Wiimote, imagina com isso! #micodasony