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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Quando sua tarde fica chata...

"Muito +": suas tardes nunca mais serão as mesmas... nem suas retinas depois de ver esse povo aí em ação!

Coitado do público que passa a tarde em casa em frente à tv. Literalmente, depois que Sandra Annemberg e Evaristo Costa dizem boa tarde, começa uma sucessão de "conteúdo zero" que dá até medo. Para minha (in)felicidade, tive um raríssima quinta à tarde livre, e como fazia muito tempo que não via televisão no horário "nada nobre" da televisão brasileira, resolvi me arriscar e me expor à radiação emitida pela programação vespertina.

Foi um erro tremendo! É incrível a quantidade de lixo que pode entrar na sua mente nesse horário. Eu poderia discorrer sobre cada uma das atrações disponíveis, mas correria o risco de cair na mesmice e dizer o que você já sabe, pois as opções disponíveis já são conhecidas: ou você vê o um show de reprises na Record; ou vê alguma novela disponível no Sbt e na Globo; ou um casal insosso puxando o nsaco das celebridades globais; algum filme velho na "Sessão da Tarde" (onde você pode ver aquele filme pornô, "A Lagoa Azul", pelo menos duas vezes no ano); ou algum pastor de uma das três igrejas saídas da Universal, prometendo mundos e fundos para aqueles que contribuírem com trízimos e outras "amenidades" monetárias.

Correndo por fora, tem a Band. Por séculos ela tentou emplacar um sucesso nas tardes da tv. O problema é que foi sempre do mesmo jeito: fofoca, fofoca e mais fofoca, obviamente mostrando que o Tv Fama (da Rede TV!) não é suficiente para que você fique bem informado a respeito do que os famosos andam aprontando por aí ("as maiores confusões", como diria o narrador da "Sessão da Tarde"). Astrid Fontenelle; Leão Lobo; Rosana Hermann: todos já tiveram sua chance na tv de Johnny Saad, mas todos fracassaram. Contudo, a emissora do Morumbi não se deu por vencida, e mais uma vez investiu nas fofocas para tentar se dar bem.

E dessa vez, pela madrugada, a coisa chegou ao nível do patético! A bola da vez é Adriane Galisteu, que para não passar o resto da vida na geladeira, aceitou se juntar aos "famosos quem?!" e fazer um programa... de fofocas! Sim, o "Muito +" não passa de uma versão piorada daquelas revistas de fofoca que você encontra em qualquer sala de espera. Nas minhas zapeadas da tarde, dei de cara com um programa super colorido e a simpatia da Galisteu (não vou mentir, eu gosto dela como apresentadora). Depois de um vídeo contando a trajetória da carreira dela (anunciado com letras garrafais no pé da tela como "a vida de Galisteu sem segredos", mas que no fundo não trouxe nada que já não sabíamos a respeito de sua carreira/ vida/ seja lá o que for), começou um show bizonho de "pode ou não pode", onde um cara vestido "na última moda" e com trejeitos muito chatos (assim como o resto do elenco do programa) ficava tecendo comentários "nada a ver" sobre "coisa nenhuma".

Confesso que surgiu uma enorme interrogação em minha mente: o que é que aquele cara estava fazendo ali? Pra que exatamente serve esse programa? O que eu estou fazendo aqui, sentado, vendo isso?

Fiquei assustado com o nível em que chegamos. Claro que o motivo para isso tudo é bem claro: à tarde, a audiência cai muito, pois menos televisores estão ligados e as pessoas estão fazendo alguma outra coisa mais interessante. Mas caramba, ainda existem pessoas que veem tv à tarde. E essas coitadas, se não tiverem tv a cabo ou internet, estão expostas à qualquer coisa que as emissoras colocarem no ar. E a programação vespertina não passa disso: um show de qualquer coisa, pronta para lavar sua mente. Creio eu que esse é a razão que leva as outras pessoas a buscarem coisas mais interessantes.

Não aguentei aquilo por muito tempo. Dei mais uma zapeada, na esperança de encontrar alguma coisa interessante, mas não encontrei nada. Fiz então o que todo mundo deveria fazer: desliguei a tv. Não, eu não fui ler, mas aproveitei para me exercitar um pouco. Se a tv não estava afim de me ajudar a exercitar a mente, pelo menos mandei o sedentarismo pro espaço. Aquele conselho que a MTV dava antigamente ainda vale hoje: "[Se estiver em casa à tarde,] desligue a tv e vá ler um livro". Engraçado é que nessas horas, a programação da MTV parava e só essa frase ficava na tela, durante um tempo considerável, deixando quem assistia sem opção. Seria uma boa fazerem isso de novo. Enquanto não acontece, use seu controle remoto para fazer sua própria versão da campanha. Vá por mim, é muito bom! 

terça-feira, 21 de julho de 2009

E ele ataca novamente!!

Pra quê o bico, ministro?

Gilmar Mendes. Esse é o nome. Está reconhecendo? Para aqueles que estiveram numa caverna nas últimas semanas ou meses, foi o Gilmar que derrubou, por 8 votos a 1, a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista nesse país. Em sua decisão, o ministro alegou que essa obrigatoriedade (êta palavrinha difícil) ia contra a liberdade de expressão e que para ser cozinheiro e costureiro não era necessário diploma... claro, agora só falta descobrir o que cozinhar e costurar tem a ver com escrever.

Claro que isso gerou revolta entre meus colegas jornalistas e estudantes de comunicação, tanto que várias manifestações foram feitas nos mais variados lugares do país, mostrando nossa desaprovação à essa decisão. Aliás, assim como os jornalistas, a população brasileira também se mostrou indignada com essa patifaria que é o Superior Tribunal Federal e as decisões tomadas lá.

Mas isso já ficou no passado, pois o congresso (sim, o congresso) está se mobilizando para tentar amenizar a situação criada pelo cara aí no topo do post. A PEC dos Jornalistas, como ficou conhecida, foi apoiada por 191 deputados e pelo presidente da câmara, Michel Temer, e vai ser encaminhada para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, se for aprovada lá, passa para uma comissão especial, que servirá para acelerar a tramitação e chegada dessa PEC no plenário da câmara. Paulo Pimentel, deputado federal do PT/ RS, espera que ela chegue lá ainda no segundo semestre desse ano.

Pronto. Depois dessa atualização, vamos à nova. De acordo com a imprensa nacional, o ministro Gilmar Mendes foi o responsável pela volta dos deputados "Taturanas" à câmara dos deputados alagoana. (N.E.: a operação Taturana, da Polícia Federal, investigou o desvio de "alguns" milhões de reais da câmara alagoana. "Alguns" deputados foram indiciados e afastados de suas atividades parlamentares. Em seus lugares, assumiram os suplentes).

Pelo que dizem, o ministro alegou que essa era uma decisão técnica, pois os deputados haviam sido afastados por improbidade administrativa, uma coisa leve, que não serviria para afastá-los de suas atividades políticas... Ah, e mais um detalhe: alguns dos taturanas estão envolvidos em casos de crimes de mando, mas uma denúncia formal ainda não chegou no Ministério Público do estado (por isso não está sendo investigado, sacô?). Fato esse, aliás, que foi duramente criticado pelo ministro (=P).

Assim, parece que vossa Excelência adora colecionar desafetos. Depois dos jornalistas e toda a população (com cérebro) do país, agora ele compra briga com o MP alagoano, que vai mandar um ofício para o STF desmentindo esse historinha de não investigar as coisas.

Cuidado aê ministro... tem gente que bota olho gordo...