domingo, 15 de abril de 2012

¡Viva la libertad!



Liberdade de expressão. Já ouviu falar nisso? Creio que sim, pois muita gente já reclamou quando ela lhes foi tirada. Mas poucos sabem usá-la bem. Geralmente, quando a usam, acabam falando uma besteira, que precisa ser revertida num "direito de resposta", e depois numa réplica, tréplica, e por fim, um processo na justiça!

O que Raquel Sherazade fez nesse vídeo aí em cima é um perfeito exemplo da "liberdade de expressão" sendo utilizada da forma correta (pelo menos para esse blogueiro que vos escreve). Ela usou o espaço que a emissora lhe deu, assim como a estrutura também. E com essas coisas juntas, sua opinião ganhou a arena de debates. Num vídeo posterior, ela comenta que o que disse virou o 9º trending topic mundial no Twitter! Imagine então quantas pessoas não fizeram o mesmo que ela, dando suas opiniões, só porque alguém teve a oportunidade de dizer o que pensa, sem medo de represália ou algo do tipo!

 Como você já deve estar careca de saber, esse tipo de coisa (dizer o que vem à mente, sem se preocupar se vai ser censurado ou não) é muito comum na internet, principalmente nos blogs independentes, escritos por anônimos que contam com uma ideia na cabeça e uma câm... aliás, um computador à disposição. O debate surge naturalmente, e algumas vezes, ganha a grande mídia, e muito mais gente pode participar. Quando acontece o inverso, a proporção alcançada aumenta bastante, já que muito mais gente está de olho no que a Patrícia Poeta diz no "JN" do que nas coisas que estou escrevendo agora, que na melhor das hipóteses podem ganhar notoriedade depois de algumas semanas (e haja fé!).

Sendo assim, é interessante ver essas coisas acontecendo, e melhor ainda quando o opinador não vai parar no olho da rua, como aconteceu com Rita Lisauskas, antiga âncora do "Rede TV! News". Ela foi demitida depois de reclamar, via redes sociais, do salário atrasado na emissora. Não só ela, mas também Sallete Lemos, na época âncora do "Jornal da Cultura", que teve seu contrato encerrado depois de uma dura crítica a um grande banco privado durante uma edição ao vivo do jornal.


É meio complicado saber quando sua opinião vai gerar um reboliço, ou quando você está atravessando "a grande linha" (não aquela que os personagens do animê "One Piece" procuram) que virtualmente delimita até onde podemos abrir nossa boca e dizer algo sem acertar uma bala de canhão em algo ou alguém. Contudo, quando bem aproveitada, a liberdade de expressão é algo totalmente benéfico, tanto para quem fala quanto para quem escuta. Sonho com o dia em que os grandes meios de comunicação deixarão de ter o "rabo preso" e permitirão que seus profissionais se expressem livremente, e não se tornem somente bons leitores de TP engomadinhos e que falam sem sotaque (porque o "'Q' de qualidade global" assim o exige) nos "Bom Dia" e "Nacionais" da vida!

Aliás, antes de encerrar, gostaria de ressaltar uma coisa: a Raquel trabalha numa TV local. Sallete e Rita, os outros dois exemplos usados nesse post, trabalhavam em grandes redes nacionais na época em que foram demitidas. Notou a diferença de tratamento?#medo

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