sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A íntegra é sempre melhor?!



Na última quarta-feira, dia 20, Maria Islaine de Morais (31) foi morta por 7 tiros disparados à queima roupa por seu ex-marido, o borracheiro Fábio Willian da Silva (30), no salão de beleza onde ela trabalhava em Belo Horizonte. A cabelereira já havia feito inúmeras denúncias à polícia, mas nenhuma delas havia surtido efeito. O assassino foi preso na tarde do dia seguinte, enquanto comprava sandálias numa loja a 271 km de Belo Horizonte.

Dias antes do assassinato, Maria instalou câmeras de segurança no salão onde trabalhava, para se sentir um pouco mais segura. Foram essas câmeras que flagraram o momento em que ela foi morta. As imagens caíram nas mãos da imprensa e foram postas no ar nos principais telejornais do país. Dois deles, o Jornal da Globo e o Jornal da Record, deram tratamentos antagônicos à elas e, sinceramente, a Globo adotou a postura mais correta nesse caso.

Entender a razão disso é muito simples. A matéria exibida na Record (e que encabeça esse post) não poupou o telespectador de cada um dos detalhes do vídeo, mostrando, inclusive, todo o trecho em que ela leva os sete tiros. Os mais observadores conseguiram, inclusive, ver em detalhes o movimento do ar e o impacto das balas que atingiram a cabeleleira, principalmente os que acertaram a cabeça, que, no impacto, moviam os seus cabelos. Só faltou ver o sangue espirrando nas paredes e escorrendo no chão! Como uma vez é muito pouco, o vídeo passou na íntegra duas vezes durante a matéria, que foi veiculada lá pelas 8 e alguma coisa da noite (eleve isso ao quadrado nos estados que não foram afetados pelo horário de verão!).

Do outro lado da arena temos a Globo, que falou sobre o mesmo assunto, inclusive mostrando o mesmo vídeo exibido na Record. Ao invés de mostrar o assassinato na íntegra, a emissora da família Marinho achou melhor exibir somente imagens estáticas dos momentos em que a mulher era baleada, narradas pela repórter que estava cobrindo o caso. O que dá pra notar aqui é a preocupação que a emissora carioca teve de não exibir imagens muito fortes para os telespectadores.

Entendeu a razão de eu achar que a Globo foi mais correta?! Eles pouparam os telespectadores dessas cenas bizarras de violência. Até eu que não me importo muito em ver esse tipo de imagem forte achei desnecessário o que a Record fez, exibindo duas vezes uma mulher sendo morta tão brutalmente. Não me entenda mal. Isso não é moralismo ou qualquer outra coisa do tipo. Se formos olhar por outro lado, a emissora da Barra Funda está certa em mostrar a imagem na íntegra, já que isso deixa a informação mais completa. Porém, como eu sei que sou o único a pensar assim, faço coro com quem mais achou aquelas imagens fortes e desnecessarias!!

Isso que a Record fez respinga um pouco no post anterior, que falava sobre sensacionalismo. Essa deve ser a razão que levou os editores da JR a colocar tais imagens no ar: tentar impressionar e conseguir alguns décimos a mais da audiência dos "carniceiros de plantão"! Só que isso pode acabar se tornando um "tiro no pé", já que as pessoas começam a ficar com medo do que é exibido no jornal, pensando duas vezes antes de colocarem naquele emissora. Tá certo que grande parte da população não liga muito pra isso, mas ainda existem pessoas que se preocupam com esse assunto. Ainda bem que esse foi um caso isolado na linha editorial do JR.

O jornalista (e consequentemente, o editor da matéria) devem ter a consciência de que nem todo o material conseguido durante a produção de uma reportagem pode ou deve ser mostrado na íntegra (ou seja, sem censura ou edição), já que algumas imagens são fortes demais para qualquer horário, além de ser uma falta de respeito com as pessoas envolvidas no caso. Concordo que o jornalismo é um território livre de algumas regras morais (se elas estivessem em vigor, muito do que o jornalismo é hoje não existiria) mas nem todas as pessoas sabem disso. Então é melhor agir com certa cautela, já que nem todo mundo interpreta do mesmo jeito as reais intenções daqueles que têm por função nos deixar bem informados. Ver um jornalista mal interpretado é uma coisa tão feia de se ver quanto certas imagens...

[fonte: R7]

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O "sensacional" sensacionalismo!

Sônia e Datena: os reis do sensacionalismo no Brasil! [Imagem: Na Telinha]

"A Hebe ainda está viva!" Essa já virou uma frase comum para a assessoria de imprensa da apresentadora do SBT, que foi internada no início desse ano com um raro câncer no peritônio (membrana que recobre os órgãos abdominais). Mas qual seria a razão para os assessores ficarem repetindo isso constantemente?! Simples: alguns setores da imprensa (cof, Sônia Abrão, cof) já estão dando a apresentadora como morta, graças a uma cobertura exagerada dos fatos, que insistem em mostrar somente o lado "negativo" e "extremamente desesperador" da noticia.

Esse, diga-se de passagem, é o trabalho dos "jornalistas" sensacionalistas que, na busca de audiência e de "falar a língua do povão", acabam derrubando tudo o que é ensinado nas salas de aula das faculdades de jornalismo.

O pior de tudo é que, apesar dos constantes apelos e reclamações para que esses tipos de programas saiam do ar ou mudem de formato, eles sempre arrumam uma maneira de se alastrar e permanecer nas programações. Não pense que programa sensacionalista é exclusividade de programação das afiliadas das grandes emissoras do país. Elas próprias têm ou tiveram programas desse tipo em suas grades, caso da Band com o "fofo" Datena e da Rede TV!, com aquele "amor de pessoa" que é a Sônia Abrão.

Exemplos desses dois em ação não faltam e estão disponíveis na internet para quem quiser ver. Em 2008, a menina Eloá foi sequestrada pelo namorado Lindemberg, num condomínio em Santo André, São Paulo. Havia muitas emissoras lá presentes, cada uma delas atrás de sua "exclusiva" ou de tentar "bater um papo" com o sequestrador e as sequestradas. Como se isso já não bastasse (e nesse ponto, tenho que bater palmas para o Datena, que se recusou a fazer isso), Sônia Abrão, no ápice de seu senso de justiça, resolveu tomar o lugar da polícia e negociar diretamente com Lindemberg a soltura de Eloá. Resultado desse circo dos horrores?! Eloá foi morta, sua amiga, Nayara, ficou ferida (ela voltou para o cárcere, depois de ter sido libertada pelo sequestrador) e a Sônia ganhou o título de assassina!

Na ocasião, um especialista de segurança disse que a atuação das emissoras que faziam a cobertura do caso e, especialmente, a atitude de Sônia "tenho 10 anos de tv" Abrão, foi extremamente criminosa e irresponsável e que todos os envolvidos deveriam ter sido processados. Ninguém foi processado e a bomba estourou na mão do Datena, graças às críticas da Sônia.

Antes que isso aqui fique muito "pró-Datena", vamos enumerar algumas das atitudes do "jornalista" da Band, que apresentou algo semelhante na Record e na emissora da Sônia. Ele faz algo que está se tornando muito comum nos vários programas iguais ao dele em todo o Brasil: uma indignação seguida de muita gritaria por parte do apresentador, brigas com outros colegas de televisão, predileção por pautas extremamente sanguinolentas e etc etc. Datena pode até ter feito escola, mas as origens desse tipo de jornalismo são muito mais remotas e conhecidas.

O "jornalismo policial" praticado no nordeste é um caso a ser estudado. Quando essa moda pegou aqui, não era nada anormal ver, em qualquer horário, tripas expostas, gente morta com um tiro enorme na cabeça e etc etc (aliás, isso ainda é comum no Recife). Além disso, uma pauta até rotineira nesses tipo de programa é... briga de vizinhos (como aquela em que uma vizinha jogava... er... sacos cheios de cocô no telhado dos vizinhos da frente, mostrado na afiliada alagoana da Record), no melhor estilo "Programa do Ratinho".

"Plantão Alagoas": leu a legenda da imagem?! Esse tipo de pauta é comum na TV nordestina. [Imagem: You Tube]

Graças a esse "show", o comportamento do público diante da violência urbana mudou assustadoramente. Não existe mais aquela resignação com o que aconteceu. Agora, os curiosos se aglomeram ao redor do corpo e ficam se estapeando pra aparecer por cima do ombro dos "repórteres", gritando e fazendo sinais de torcidas organizadas. Pior ainda é o "tratamento melodramático" que as matérias recebem, com iluminação que ressalta o clima do ambiente e músicas que remetem ao sobrenatural e ao medo. Sinceramente, eu não sei se tenho mais medo do que está sendo mostrado na matéria ou da equipe de reportagem e edição da mesma (ó, duvida cruel!).

Onde eu quero chegar com essa história toda?! Simples. A programação de nossa TV é constantemente criticada por conta de não apresentar mais aquele nível cultural de antigamente. A princípio, essas críticas são todas dirigidas aos programas de entretenimento, mas também deveriam valer para esse pseudojornalismo, que insiste em infestar as salas das casas dos brasileiros. Pense bem: se uma história fictícia pode influenciar as pessoas, por que razão uma história real também não pode?! Ela é imune por acaso?! Nós precisamos nos livrar desses "profissionais" que se especializaram em avacalhar o verdadeiro jornalismo (um detalhe: aqui em Maceió, pelo menos, se você conseguir encontrar nas redações desses "jornais policiais" dois formados em jornalismo, você ganha um... um... er... minha admiração!!!). Como els já estão incrustados na cultura popular, pode apostar que mandar todos eles "pr'aquele lugar" não vai ser nada fácil. Dammit!!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Internet: ainda bem que ela existe!

Palácio do presidente haitiano destruído após o terremoto: primeiras informações chegaram pela internet.

No dia 12 de janeiro, o Haiti, um dos países mais pobres das Américas, foi vítima de um terremoto, que atingiu grau 7 na escala Richter (que vai de 1 a 9) e destruiu boa parte do país. Nem os prédios do governo (como a sede da presidência do país, mostrada na imagem acima) resistiram ao abalo, que, segundo estimativas, matou mais de 50 mil pessoas (entre elas a doutora brasileira, Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança) e deixou outras 250 mil feridas. Esses números podem, a princípio, parecerem grandes, mas ainda são estimativas. Quando uma contagem for feita (se for feita), eles podem subir a níveis muito mais assustadores.

Assim como aconteceu no Irã, onde rebeldes noticiavam o que estava acontecendo no país através do Twitter, as primeiras informações sobre esse terremoto chegaram através da internet. Os que dispunham de conexão, trataram logo de publicar vídeos e imagens na rede. Apesar de estarem numa qualidade muito baixa (a princípio), já era possível ver a desolação em que os haitianos se encontravam. Esses vídeos e imagens foram aproveitados na grande imprensa logo que surgiram e, através deles, os parentes das pessoas que estavam no país tiveram um ponto de partida para começar a procurar informações.

Muitas pessoas costumam criticar e até ter um certo receio sobre a internet e suas aplicações na vida diária, alegando que na rede só se encontra baixaria, pornografia e, como diria minha vó "o que não deve". Essa é uma visão minimalista demais, já que, nas mãos certas e com o propósito correto, a internet pode ser uma ferramenta mais útil que canivete suíço. Esqueça a obviedade de "procurar conhecimento e conhecer novos amigos". Essa até poderia ser a única função da web para alguns (aposto que você conhece alguém que pensa assim), mas, na verdade, nós só vemos a verdadeira "aura" da rede nessas horas, em que ela diminui as distâncias em prol de algum bem comum, como no caso do Haiti, em que as pessoas estão buscando informações sobre seus parentes, se mobilizando para ajudar os necessitados ou somente para informar ou se manter bem informadas sobre o ocorrido.

Eu não vou me estender mais sobre esse assunto (que é piegas até o último fio de cabelo!), já que, salvo engano, essa é a 5ª vez que falo sobre isso nesse blog. Só me resta dizer que os críticos da internet deveriam rever seus conceitos e admitir de uma vez que esse ódio pela rede nasceu por conta de serem todos uns "analfabytes", como diria Antônio "Carga Pesada" Fagundes. Posso dizer isso por experiência própria: meus pais falavam muito mal da "www". Depois que foram apresentados ao Orkut, as coisas mudaram e já estão mais viciados que a viciada da minha irmã! Se você usa a internet para qualquer propósito que não os elogiados aqui, não se sinta menosprezado! Mesmo assim você é uma pessoa consciente do poder unificador que a web tem! Aliás, em nosso país muitos já têm essa consciência. Agora só falta a colocarem em prática! Melhor, só falta o governo dar as condições para que essas pessoas possam entrar em ação. Percebeu?! Isso rende assunto pra um outro post...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O BBB rural ou A FAZENDA urbana?!

Tá com alguma coisa no olho, Bial?!

"É hora de dar uma espiadinha!". Essa vai ser a frase mais repetida nos próximos 3 meses, graças ao retorno do Big Brother Brasil à telinha. Essa 10ª edição do reality da emissora da família Marinho veio muito diferente das edições anteriores, graças à escolha "mixada" dos participantes (tem desde emo até bombado acéfalo) e algumas (várias) mudanças nas regras do programa, graças à inventiva mente do diretor Boninho, que pensa em tudo para a atração não cair no marasmo (e essa, acredite, não é uma frase elogiosa!).

Muitas pessoas, como em todas as outras edições, nem esperaram o programa estrear e já começaram a destilar uma enorme quantidade de críticas. A maioria delas acusa o BBB de ser um programa "burro", que não traz nenhuma utilidade à mente e à vida das pessoas. Eu mesmo, até a 9ª edição, pensava assim: um programa desses não tem nem a mínima carga cultural pra ser contado com os da cultura inútil (é...). Porém, a estreia de "A Fazenda" me fez repensar minha posição. Ora, se eu assisto ao da Record, por que razão não dou uma chance ao reality da Globo, que eu havia deixado de assistir na terceira edição?!

Os "brothers" e as "sisters": esse ano tem de tudo um pouco!

Pois foi o que fiz. Na terça, 12, lá estava eu em frente à TV para assistir à estreia do "zoológico" humano, como bem diria alguém (eu sabia quem disse isso, mas esqueci o nome.... sorry!). À primeira vista, por incrível que pareça, eu gostei do que vi! A casa tá bacana, os participantes foram escolhidos a dedo (podem falar o que quiser, mas o Boninho sabe escolher elenco de reality!) e até as intrigas entre os participantes deram o ar da graça para o deleite de quem adora ver essas coisas! (só um adendo: as vozes da "dlag" e da policial são quase insuportáveis!)

Mas... prestando mais atenção, dá pra notar uma coisa pertubadora: os críticos do BBB têm toda a razão. O programa realmente não tem nada culturalmente útil (nessa temporada, os psicólogos podem mudar de canal e ver o "experimento social" chamado "Solitários" no SBT). Ficar muito tempo exposto àquilo pode trazer danos irreparáveis à mente e uma imagem muito errada da realidade (coisa que antigamente só era atribuída à ficção... se bem que ninguém garante que no BBB a coisa não é ensaiada...). Porém, um outro grupo de críticos também está coberto de razão: os que criticam "A Fazenda".

Os "fazendeiros" da Record: marasmo e tédio são as palavras de ordem!

Sim, eu estou dando razão à pessoas que falam mal do reality da emissora que eu defendo (tá vendo que eu não sou "cego"?!). Se formos parar pra analisar, ambos os realities não trazem nada útil. Existem algumas diferenças, claro: enquanto na fazenda os famosos estão tentando ser eles mesmos sem ferir a imagem que eles levaram anos pra erguer, no BBB temos um bando de anônimos que não têm nada a perder e querem a fama a qualquer custo, nem que pra isso eles tenham que se rebaixar.

Aí dá pra criticar duas coisas: teoricamente, estamos diante de dois "reality shows", onde deveríamos ver a realidade diante de nossos olhos, com os participantes fazendo coisas reais, por mais chatas que elas possam parecer. Por alguma razão estranha (fama, dinheiro...), não é bem isso que vemos. Na maior parte do tempo nós vemos os famosos e/ou anônimos encenando alguma coisa diante das câmeras, ou você acha que Theo Becker era maluco daquele jeito ou então, o que era aquele papel que o Dómini, em um dos BBBs, estava segurando?! Um script?! (não, não estou me referindo à Twittess e seus scripts para aumentar o número de seguidores no Twitter)

Segundo: que realidade é aquela mostrada nesses programas?! No Big Brother temos 17 pessoas vagabundando o dia inteiro, como se estivessem em férias eternas. Na Fazenda ainda dá pra ver algum esforço físico, mas, convenhamos, alguém acredita que numa fazenda só tem aquilo pra fazer?! Poxa, se for verdade, a vida do povo do campo é muito legal!

Provavelmente esse trabalho todo seja o motivo do marasmo encontrado na reality campestre da Record. Com todo o tempo ocupado por trabalhos e provas, os roceiros não têm tempo para as famosas "picuinhas", normais nesse tipo de atração (além de bocejarem diante das câmeras nos programas ao vivo!)! Vindo pela contramão, temos os "brothers", que têm MUITO TEMPO LIVRE, suficiente para se promover diante do Brasil, seja através de "romances no edredom", seja com as famosas brigas e panelinhas. Aliás, nessa 10ª temporada, a produção do BBB resolveu fazer um tributo à Fazenda, com a divisão dos participantes em "tribos" (que aliás, foram criadas das forma mais genérica e óbvia possível!).

O Grande Irmão está de olho em tudo o que você faz... como ele consegue isso?!

Não é isso que os "voyers" gostam de ver?! Se num programa tem gente "se pegando", brigando e fazendo nada, é quase certo que fará sucesso (o "escrachado" BBB dá mais audiência que a "recatada" Fazenda), já que vivemos numa sociedade em que o privado não existe mais, onde é "bacana" "dar uma espiadinha" na vida alheia, onde as pessoas adoram dar pitaco no que os outros devem ou não fazer. Resumindo: vivemos numa sociedade onde é legal ficar de olho nos outros, numa espécie de versão aumentada (e piorada) da realidade descrita por George Orwell no livro 1984, onde a frase "O Grande Irmão está te observando" foi cunhada, dando origem ao outro Grande Irmão que conhecemos e a suas variações! Falta pouco para entrarmos num colapso de privacidade. Quando isso acontecer, chegaremos à era do teto de vidro. Alguém está pronto pra isso?!

Ah, a resposta à pergunta do título do post é simples: nenhum dos dois! Parei de ver o BBB no segundo dia. E nem vou falar de "A Fazenda". Aliás, quem foi o último a sair?! Alguém sabe?!