sábado, 11 de fevereiro de 2012

Prefácio...

O Pereira sou eu!
Crise. Essa é a palavra da vez. Parece que todos os setores da sociedade estão passando por algum tipo de problema. E nós no meio disso tudo.
Aliás, "nós" é muita gente. Como você já deve saber, estive fora nesses últimos dois anos, servindo como missionário de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias (popularmente conhecida como "a igreja dos mórmons"). Apesar de eu e todos os outros missionários estarmos conversando com pessoas todos os dias, as notícias do "mundo lá fora" parcamente chegavam até nós. Digamos que de uma forma ou outra, eu estava "assistindo" ao mundo, e não exatamente participando das coisas que estavam acontecendo ao meu redor.
As poucas notícias que tive me deixaram com um certo "receio" de voltar pra casa. Preferia continuar lá no Paraná a ter que voltar pra Maceió e enfrentar um daqueles "arrastões" randômicos que estavam acontecendo aqui há alguns meses!
Contudo, chega uma hora em que a realidade bate na sua porta, e é hora de descer do trem. Na missão isso acontece quando você completa seus dois anos. Sair da missão e voltar pra casa te dá a sensação de cair de paraquedas no meio de um campo minado, durante a ofensiva inimiga!


Não, não estou sendo dramático nem nada do tipo. Mas pense comigo: durante dois anos da sua vida você sai ajudando várias pessoas, muitas das quais você nem imaginava que encontraria, mas que passa a amar quase que instantaneamente; ao mesmo tempo em que as ajuda a conhecerem e a seguirem Jesus Cristo. Óbvio que o "nível" durante a missão é outro. Daí, quando você fisicamente está acabado, mas espiritualmente a mil, chega a hora de encerrar o que você está fazendo e ir "viver sua vida" em casa. É como a morte: você sabe que vai chegar, mas não sabe como irá recebê-la.
Da noite pro dia, literalmente, "acaba" sua missão de tempo integral. Você deixa de chamar atenção - é impressionante a maneira como as pessoas olham para os missionários: dois 'seres" estranhos andando de camisa branca e gravata debaixo do sol, te parando no meio da rua, pedindo pra visitar a sua casa e falar com toda a sua família! Quando um missionário volta, deixa de usar aquela plaqueta preta no bolso e passa a ser "mais um na multidão". E é nesse ponto de transição que a "ficha" precisa cair o mais rápido possível, porque assim que você aporta em casa, já tem que correr atrás dos próximos passos do resto de sua vida!


E é nesse ponto que estou agora. Feliz por ter servido uma missão e ter passado por Cambé, PR; Marília, SP; Apucarana. PR; Londrina, PR; e Presidente Prudente, SP. Feliz também por todas as pessoas que conheci, até aquelas que por simples ignorância, ou razões religiosas, foram rudes - no sentido mais "rude" da palavra -  comigo ou com algum de meus companheiros. 
Aliás, também fiquei muito feliz de poder ter trabalhado com Michael TeNgaio, do Havaí, EUA; Thiago Assunção, de Fortaleza, CE; com Luiz Guilherme Cavalcanti, de Feira de Santana, BA; Andrew Fellows, de UTAH; Colin Skillings, também de UTAH; José Sepúlveda, do Piauí; Cameron Leavitt, da Califórnia, EUA; Devin Flake, do Arizona, EUA; Adam Webb, de Montana, EUA; Blake Douglas, de UTAH; Devin Buttars, de Idaho, EUA; e  Emanuel dos Santos, de Currais Novos, RN. Aprendi muito com cada um deles. Aliás, muitas das palavras que repito hoje em dia, incluindo o novo nome do blog, advinha com quem aprendi!
Nós missionários... aliás, quando estamos servindo missão, temos um casal especialmente chamado pra cuidar de nós, designados como o Presidente de missão e  sua esposa, a quem chamamos de "Sister". Na missão onde servi, tive a chance de trabalhar junto ao Presidente Eduardo Tavares e sua esposa, Sister Fátima Tavares. Também aprendi muito com eles, e sou extremamente grato pelo cuidado e amor que eles tiveram por mim, enquanto estive longe de minha família "de sangue"


Enfim. Como eu já disse, a missão de tempo integral chegou ao fim, e agora cá estou eu, no meio de uma crise mundial, nacional, pessoal. Mas sinto que o futuro nos reserva coisas muito boas. Estou otimista. Aliás, tão otimista - agora uma coisa não tem nada a ver com a outra - que mudei até o nome do blog. Esqueça a sigla "DGP" (já contei que essa era a sigla do meu nome?! Sim, essa foi a ideia mais criativa que tive!). Uma das expressões que aprendi com os americanos foi "What the heck?!" (quando você está surpreso com algo que aconteceu). Como já existe um blog com esse nome, e eu estava querendo um nome novo, tirei o "heck" da expressão e voilá, um novo título para o blog!   
Vamos nos ver bastante por aqui. Espero que vocês tenham paciência pra me aguentar mais um pouco (risos)!


Um forte abraço e até a próxima!

Um comentário:

Michael G. K. TeNgaio disse...

Nossa! Meu nome ta no teu blog!!!!!! rsrsrsrsrsrs Isso ai meu! Pra frente e pra cima!!!!!!!