sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

ESPECIAL: Os novos novatos do jornalismo UFAL!!


Hoje, dia 08 de janeiro de 2010, a Universidade Federal de Alagoas conheceu seus novos estudantes. No PSS (Processo Seletivo Seriado... o vestibular daqui), ocorrido no fim do ano passado, 28.000 pessoas se inscreveram para as 3.503 vagas oferecidas para o campi Maceió. No início desse ano, quando foi divulgado o resultado da prova ocorrida no fim de 2008, o blog dos estudantes que estavam organizando a IX Semana dos Estudantes de Comunicação (a.k.a SECOM) disponibilizou uma lista com o nome de todos os aprovados (onde constava, inclusive, o nome desse que vos fala). Essa lista ganhou o nome de "Os nomes dos bois" (em alusão àquela famosa máxima que pede o nome das pessoas citadas numa história!).

Como até agora, 22:33 do dia 08, essa tal lista não apareceu, e os "feras" (pra quem mora em S.P. os famosos "bixos") ainda não deram as caras nas redes sociais (provavelmente por estarem enchendo a cara enquanto comemoram o resultado), resolvi me antecipar e, num momento "sou dono de cursinho e quero que o mundo saiba que aqui a taxa de aprovação foi alta", vou colocar aqui a lista de aprovados nos dois turnos disponíveis, diurno e noturno, na UFAL! And the nominees are...

COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO - DIURNO - MACEIÓ

AMANDA GOMES DE OLIVEIRA
BÁRBARA MARIA DE BARROS BEZERRA
BRUNO VANDERLEY DE GÓES
CAMILA PEIXOTO BRAGA
CARLOS HENRIQUE CARVALHO COSTA JÚNIOR
ELVYS DOS SANTOS PEREIRA
ERICK ROMMELL FERREIRA BALBINO
GLÓRIA MARIA VIEIRA DAMASCENO
HILDA PRISCILA DA SILVA
JOÃO PAULO DAS CHAGAS MACENA
JOÃO VICTOR ALVES DE GUSMÃO BARROSO
JOAO VITOR TEIXEIRA CASTRO CORREA
JULIANA COSTA CAVALCANTE
JULIANA MAYARA CAVALCANTI DE BARROS SANTOS
LETÍCIA PASCOALINO GONÇALVES
LUIZ HENRIQUE MOURA LOPES
LYARA CLARA MUNT E SILVA
MANUELLA DE MIRANDA VIEIRA
MARCELA TERRA VALE
MAXWELL DOS SANTOS MONTEIRO
NICOLLAS EMIDIO TAVARES SERAFIM
PAULO ANDRÉ SILVER VIEIRA
PAULO JOSÉ VERAS GONÇALVES
RAFAEL VILLANUEVA TEIXEIRA
RAFAELA MELO DE ALMEIDA
RENATA MARIA RAMIRES BARACHO
SUSANIQUELE DA SILVA MENDES
TAMIRES FAUSTO MENESES
TAYNÃ GOMES DE MELO
TAYNARA PRETTO TENÓRIO DA CUNHA
VICTOR HUGO MENEZES DE FARIAS
VIVIANE PEREIRA DIÉGUES DE ARECIPPO
FERNANDA FERREIRA DE JESUS
MARIA ELIVANIA SILVA SANTOS
ROSIANE MARTINS DA SILVA
SUYANE DE MENESES SILVA
VIVIANE TIMOTEO DE ARAUJO
AMOM NUNES CAMILO
FERNANDO ANTÔNIO DE LIMA E SILVA
MADYSSON WESLLEY DA SILVA

COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO - NOTURNO - MACEIÓ

ALINE MARIA BEZERRA PEREIRA
ANDERSON RICARDO JANUÁRIO DA SILVA
ARTUR OLIVEIRA DE ASSIS
AYRLLA MACHADO CORREIA VILA NOVA
BRUNO CAVALCANTE PEREIRA
CARLOS VICTOR COSTA SILVA
DANIEL FELIPE TEIXEIRA TORRES
DAYANE BATISTA DA SILVA
ERICKA MILENA ALVES DE ANDRADE
EVELLYN DE LIMA PIMENTEL
FELIPE DE SOUZA HENNING
FLÁVIO MARCÍLIO MAIA E SILVA JÚNIOR
GEANE DA SILVA
GILDEVAN FIRMINO DOS SANTOS
GUILHERME MILESI
ISABEL CRISTINA TELES PEREIRA LIMA
ISADORA EMILIANO DOS SANTOS
ITAWILTANA CAMELO DE MACENA ALBUQUERQUE
JEFFERSON MONTENEGRO BARBOSA XAVIER
JÉSSICA ANTONIELLE OLIVEIRA SILVA
LUCAS COSTA DE ALMEIDA
LUCAS DE OLIVEIRA LEITE
LUCAS FRANÇA DA SILVA
MARIA LUIZA SOARES DE MELO
MARIA OLÍVIA CORREIA MATIAS
MILENA MONTEIRO BARBOSA
MILTON GUEDES DOS SANTOS NETO
PATRICK EDUARDO ROCHA DA SILVA
PRISCILLA PEIXOTO BANDEIRA
ROBERISON ELIAS XAVIER SILVA
RUDSON LOPES DE AQUINO
SERGIO IVO CORRÊA COSTA
THIOGO DA ROCHA BENTO
YURI MENEZES MOURA
ALINE PEREIRA DA SILVA LIMA
JOELMA LEITE DE SOUZA
ANDRÉ DO NASCIMENTO
MARCOS JORDÃO FERREIRA CAVALCANTE
NELDSON MARCOS ALVES DOS SANTOS MENDONÇA
VANDEJER ADRIAN MELO DAS CHAGAS FILHO


Pronto, aí estão os nomes "dos bois". Espero que gostem da UFAL! Eu gosto! Ah, antes de encerrar essa post mais que factual (não sei nem se ele vai ficar muito tempo por aqui), tenho que adicionar mais dois nomes à essa lista: minha prima Isabele de Morais Costa e minha amiga Mariana Barbosa, que passaram em Ciências Sociais e Química, respectivamente! Parabéns a todos!!! E... se algum dos novatos estiver lendo esse post, recomendo a leitura desse texto aqui: "A magia da UFAL"... vá por mim, nele tem coisas que você TEM que saber!!

Prolixo?! Quem?!

Recentemente, recomecei a leitura de um livro que ganhei de aniversário da minha turma de jornalismo lá da UFAL (aliás, esse livro eu peguei no lugar do outro que me deram e, por respeito aos leitores desse blog, não vou citar nem o título nem a autora!). O título em questão se chama "Sorte e Arte*" e foi escrito pelo jornalista José Roberto de Alencar (o homem do borsalino). Nesse livro, ele fala um pouco de suas técnicas "nada ortodoxas" para conseguir furos e topos da primeira página das revistas e jornais onde trabalhou (o que, como já disse aqui nesse blog certa vez, o levou a um "furo" numa revista de química".

Num dos trechos do livro, ele mostra um texto que escreveu como crítica aos repórteres que enchiam seus textos com palavras e expressões difíceis, o que dava um trabalho "monstro" para o editor (nesse caso, o próprio Alencar) transformar a linguagem em algo mais claro para os leitores. Esse texto deveria, a princípio, ser deixado em cada estação de trabalho na redação, mas acabou indo parar na (disputada) coluna de opinião do Jornal do Brasil, em 13 de abril de 1990 (um mês antes de eu nascer!) e correndo as redações dos outros jornais, como "O Globo". Segue abaixo texto que Alencar publicou em seu livro (e mais uma vez, aqui entra um texto que não é meu... prometo que essa é a última vez que isso acontece!):

Pra onde mesmo?!
[Imagem: Prolixo, poesia concreta por André Daniel]

Pobre Magri. Caiu na besteira de neologismar e caíram de pau nele. Quem pensa que é para falar difícil? Acaso julga o vernáculo tão mexível? Pior que é. Seu colega ministro, Bernardo Cabral, não se acanha de trocar confiança por confiabilidade; deputados como José Genoino adoram seu posicionamento; advogados como Otto Eduardo Lizeu Gil escrevem que o nosso opinamento...; todo policial fala culpabilidade e viatura em vez de culpa e carro; médicos consideram estacionário o estado do infeliz paciente, assim reduzido a motor diesel; e de faxineiros a executivos discutem - a nível de cidadãos - monetizações e titularidades. Sem o menos rubor.

A imprensa se encarrega de publicar, de divulgar a baboseira. Mal pago, mas pago exatamente para traduzir complicações e balelas obtusas, o jornalista deveria apresentar a chorumela em linguagem de gente. Clareza é dever de ofício em qualquer ofício, principalmente nos ofícios da palavra.

Na imprensa, até deixou de ser por uns tempos, quando a tal de ditadura militar atiçou a censura nos jornais e foi preciso complicar o texto para engrupir censor burro na prosa enrolada. Falar difícil foi a solucionática. Dever mais alto se alentava - o de levar informação ao leitor a qualquer custo - e à clareza restou o brejo.

Como na inesquecível firula do correspondente em Brasília, que passou à matriz paulista este telex: "Moço cai ao tropeçar nas estelares mangas de um quepe." Toureou o boi da linha e informou a razão da queda do presidente do Banco Central, flagrado em ternas lides com a amada de um general.

Também dos ásperos tempos vêm as implantações, as implementações e outros horrores. A obviedade apagou o óbvio. Broca e faca não mais furavam - perfuravam. A profundidade sepultou a velha fundura. E nos jornais, ninguém mais disse - todos os entrevistados passaram a alegas, comentar, explicar, pontificar, delimitar, frisar, disparar ou insinuar. Houve até quem obtemperasse.

Veio a abertura, foram-se os censores. Mas a herança da enrolação ficou. A mais famosa frase do mundo - to be or not to be - não tem, na maioria dos idiomas, uma única palavra com mais de três letras. Mas nesta marcha, em breve ser ou não ser vira existenciabilizar ou inexistenciabilizar.

Se se ganhasse por letra, estava explicando por que se xinga a miséria de miserabilidade (nem sinônimo é), o pão de complementação alimentar e os ônibus urbanos de veículos das empresas concessionárias de transporte coletivo municipal. O inclusive usurpou o até. Para virou visando a ou com o objetivo de. O verbo obstar (obstáculo) gerou um novo verbo: obstaculizar.

De fato, está no dicionário. Mas a frescura entoja a conversa, complica a leitura e desanima o leitor. E o erro vem a cavalo. Como o do narrador de corridas Galvão Bueno, que confunde a posição com o posicionamento - ato de tomar posição. Ou o do jornal paulista que, para economizar greve estampou movimento de paralização. Ou ainda o de empresários penalizados pelo pacote imexível. Confundem o apiedado, o condoído, com o castigado, o punido com uma pena.

Pena dava, aliás, a Agência Nacional convocando brasileiros e brasileiras para o pronunciamento do presidente Sarney: um acadêmico de fardão e pose devia saber que quem faz pronunciamento é canhão. Já nem tem mais graçaum cartola corintiano como Vicente Matheus considerar imprendível, introcável e imprestável [sic] o jogador Sócrates. Agora, deita-se gozação em cima de Magri, inventorde uma palavra muito melhor do que intocável para traduzir seu zelo pelo pacote de Zélia.

Pelo autoritarismo, por defender a imexibilidade do pacote, o Rambo nativo merece o pau levado. Mas quem se atém ao imexível ataca pela beirada, erra a cacetada. Igualmentegrave (além de não lhe fazer o gênero) seria Magri rotular o pacotede intagível, invulnerável, inatacável. Pois grave é a essência da fala, o autoritarismo do Maciste, a prepotência do conceito. Esta acabou perdoada - perdão! - perdoabilizada.

Bem, acho que não precisa dizer mais nada, precisa?! Por isso, vamos tratar de ser claros, o máximo possível!! Ser prolixo até que é legal (eu mesmo adoro palavras difíceis e que ninguém usa), mas também não precisamos exagerar!

*ALENCAR, José Roberto de. Sorte e Arte. São Paulo: Editora Alfa-Ômega, 1999, 4 ed. rev. ampl. e il.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

E o ENADE?! O gato comeu!!

ENADE?! O que é isso?! É de comer?!

No dia 8 de novembro do ano passado, milhares de estudantes universitários em todo o Brasil fizeram a prova do ENADE, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, que busca avaliar a qualidade do ensino superior do nosso país. Aliás, o resultado dessa prova é tão importante que o MEC se baseia nela para distribuir o orçamento das instituições de ensino superior e para manter abertos ou fechar os cursos que não conseguirem um resultado no mínimo "satisfatório".

Apesar de todo esse peso, muitos inscritos não compareceram no dia da prova ou, por algum motivo, não conseguiram entrar nos locais onde a avaliação estava sendo aplicada. Outros ainda seguiram o conselho da UNE e boicotaram a prova. Para isso, a instituição estudantil alega que o ENADE não prova nada (se tornando um "ENADA"... hahahaha...ha, ha...er...) e que seu método de avaliar as instituições é falho, arcaico e não funciona como deveria.

Outra coisa que também marcou o dia da prova foram algumas reclamações de estudantes sobre seu conteúdo e até a quebra de uma regra que só liberava o estudante com o caderno de questões meia hora depois do início da avaliação. Um estudante de Brasília saiu meia hora depois de assinar a presença, mas com o caderno de questões embaixo do braço. Esse caderno foi parar nas mãos do DCE da UDF e teve seu conteúdo lido em voz alta (com o auxílio de um mega-fone) em frente a um dos locais de prova.

Mas essas são águas passadas e já não dá mais pra consertar as bobagens cometidas pela organização ou o desempenho fraco de alguns estudantes... aliás, esse último caso pode sim ser mudado. Aliás, já está mudando!

54. Guarde esse número, pois essa é a quantidade de questões anuladas (até o momento) no ENADE. 43 questões vieram se somar às 11 já anuladas da prova de Comunicação Social, ainda no ano passado. Esse alto número de perguntas consideradas inválidas já é recorde, desde que a prova começou a ser aplicada em 2004. Só para efeito de comparação, segundo dados divulgados hoje, 6, em 2008 a prova só teve 23 perguntas invalidadas.

Em outras palavras, a organização conseguiu quebrar um recorde negativo, chegando a deixar o valor maior que o dobro da prova de 2008! Quando você já viu isso acontecer numa avaliação do tamanho do ENADE?!

Um exemplo de questão eliminada que já ficou famoso é o da 19ª questão da prova de Comunicação Social, onde podíamos ler "Luís (sic) Inácio Lula da Silva", além de um pedido para analisarmos a reação da imprensa diante da afirmação do presidente, que chamou a crise econômica de "marolinha". Como a questão era daquelas que não tinha resposta errada, (e nem certa, creio eu) foi anulada alguns dias depois de ser aplicada.

A tal questão anulada. Eu até tentei tirar a foto da minha prova (que guardo até hoje), mas minhas técnicas fotográficas falharam miseravelmente, então, aí está uma imagem vinda da internet mesmo! [reprodução]

O MEC vai avaliar cada uma das 54 questões anuladas e, se ficar comprovado que houve incompetência por parte da CONSULPLAN na hora da elaboração das provas, a empresa pode até ser proibida de participar da elaboração de outras avaliações, sejam elas de concursos públicos, vestibulares ou provas ao estilo do ENADE. Segundo o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), que avalia o resultado das provas, o dano da eliminação de tantas questões será pequeno para os estudantes, já que as anuladas contarão como respostas corretas. O instituto também salienta que "Se fosse uma prova como o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), anular tantas questões inviabilizaria que as universidades usassem a prova para escolher seus novos alunos. Com o Enade, isso não acontece", além de que o número de anulações cresceu tão assustadoramente porque o número de cursos avaliados também cresceu (tá, se eles tão dizendo...).

Sabe d'uma coisa?! Acho que estou começando a concordar com a UNE. Vamos torcer para que nas próximas provas a coisa não se repita, senão toda a credibilidade e seriedade da avaliação vai chegar a níveis mais baixos do que já está. E, convenhamos, a imagem do MEC não está menos queimada... Como diria o "desbocado e inconsequente" Boris Casoy, "isso é uma vergonha!"

Fonte: R7 (sim, o portal que ganhou esse post elogioso aí embaixo!!)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

"Opa, eu disse isso alto?!"

Tem gente achando que ele deveria ficar assim pra sempre... ah, e Boris já ganhou seu artigo na "Desciclopédia"!

Acabam hoje as férias (forçadas) deste que vos fala, já que, finalmente, consegui sentar na frente do computador por mais de 15 minutos. E o fim do descanço não poderia ter vindo em hora mais oportuna, já que, há alguns dias, um renomado jornalista cometeu uma gafe sem tamanho, que está custando muito caro à sua imagem diante do público. Já sabe de quem eu estou falando? Não?! Onde você esteve nesses últimos dias?! Bem, eu estou falando de Boris Casoy, que, num momento de pura desatenção, "sinceridade extrema" e falha técnica num momento muito inoportuno acabou protagonizando algo "feio", e que acaba abrindo brecha para uma discussão sobre o assunto.

Antes de continuar, dê uma olhada nesse vídeo, que foi gravado na ida ao intervalo do "Jornal da Band", do dia 31/12/2009:



Num vazamento de áudio, os telespectadores da Band puderam ouvir o comentário que o âncora do jornal, Boris Casoy, fez sobre os garis, depois que alguns deles apareceram desejando feliz ano novo para as pessoas. "Que m$@%&... dois lixeiros desejando felicidades... do alto de suas vassouras... dois lixeiros... o mais baixo da escala do trabalho...". Essas foram as palavras do jornalista. Elas, diga-se de passagem, repercutiram rapidamente entre os internautas, e o vídeo da "gafe" já foi visto quase 1 milhão de vezes no Youtube.

Vamos pular o óbvio fato de que esse foi um ato extremo de preconceito por parte do jornalista, que foi muito infeliz no que disse e que, pelo som de risadas no vídeo, foi apoiado pelos seus companheiros de bancada. O problema de fato está na reação das pessoas que assistiram ao vídeo e deram sua opinião, seja nos comentários do próprio vídeo, seja em alguns blogs "especializados" em TV (que já "comeram" muito da minha paciência e vão ganhar um "gentil" post em breve...). As pessoas estão, pode-se dizer assim, pedindo a cabeça do jornalista pelo que ele disse. Algumas estão indo mais longe, jogando a culpa na emissora onde ele trabalha, alegando que "quem faz uma emissora são as pessoas que trabalham nela. Então, as opiniões que elas expressam são as mesmas de seus patrões".

Vou repetir: é mais do que claro que o que o Boris fez é muito errado e até feio por parte de um jornalista do porte dele, mas ainda mais feia é a reação quase infantil de alguns que comentaram o fato. É como se toda uma carreira fosse destruída por conta de um comentário feito numa hora errada ou colocado no ar por algum equívoco.

Não, eu não estou defendendo o preconceito, o Boris ou a Band. Nem maldizendo quem se sentiu ofendido pelo que foi dito. O que eu estou tentando argumentar aqui é que estamos num país em que existe liberdade de expressão e, mais importante, de pensamento. A hora em que o comentário apareceu foi inoportuna? Foi (e muito)! Mas alguém pode criticá-lo por pensar assim? Poder até pode, mas não a ponto de querer fazê-lo mudar de ideia , "destruí-lo" ou desejar uma morte lenta e dolorosa pra ele. Isso iria contra a constituição, além de parecer muito com o que foi feito durante a ditadura em nosso país, época em que niguém podia expor seus pensamentos de maneira clara.

Eu discordo totalmente do Boris nesse negócio de "gari é uma profissão baixa". Muito pelo contrário. Pode parecer até um discurso piegas e batido, mas gari é uma profissão tão digna quanto qualquer outra e tão imprescindível como poucas. Concordo inclusive com o fato de que ele perdeu uma ótima oportunidade de ficar calado. Mas também acho que qualquer pessoa pode pensar da maneira que quiser sobre qualquer assunto. É sábio que as pessoas mudem de opinião, reconhecendo que estão erradas. Mas enquanto isso não acontece, elas têm todo direito de achar o que quiser! Tá lá na constituição, poxa!! Mas, do mesmo jeito que todos temos liberdade pra pensar, também temos liberdade para discordar. E isso foi o que as pessoas que assistiram a essa cena fizeram. Só que da maneira errada, partindo, inclusive, para a baixaria, xingando jornalista e emissora de todos os nomes possíveis (alguns impublicáveis nesse espaço).

Outra coisa: nem sempre o que é dito por um jornalista reflete a opinião do grupo para quem ele trabalha. Os telespectadores que se sentiram ofendidos ou algo do tipo têm que saber separar o pessoal do coletivo. Quando algo desse tipo acontece, geralmente há alguma retratação ou editorial, informando o que realmente se passa na cabeça dos chefes de jornalista "A" ou "B". No caso do "JB", o próprio Boris tratou de se desculpar durante o jornal do dia seguinte. Algumas pessoas não desculparam o jornalista e, pelo que dá pra ver, esse assunto ainda vai render muito, além de respingar para sempre na imagem do âncora, mas, pessoal, vamos ser um pouco mais maduros e encarar isso como um fato isolado, que não pode fazer ruir uma carreira inteira. Outra coisa, se as pessoas fossem tão "certinhas" assim, não ficaríamos calados diante das safadezas de nossos políticos, que, entra ano, sai ano, continuam lá, xingando meio mundo de eleitores e na "maciota", brincando com nosso dinheiro, com a nossa cara e com a nossa vida. Isso sim, pra mim, "é uma vergonha". [em outras palavras, nós temos mais com o que nos preocupar ao invés de ficar "chutando cachorro morto"!].

Vou encerrar esse assunto por aqui citando Voltaire, um filósofo francês: "Desaprovo o que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-lo". Concordo plenamente... apesar da frase não ser exatamente dele... mas, quem liga?!

P.S.: Por falta de ideia melhor, resolvi usar como título desse post uma frase que, durante o fim do ano, eu repeti inúmeras vezes depois de falar alguma coisa sem pensar (imagine quantas vezes foram e em que situação isso ocorreu... é melhor deixar pra lá!)

Fontes: Yahoo! Brasil; Época Online (é, dessa vez, nada de R7!)